Líder parlamentar do Bloco de Esquerda está hoje em Faro para discutir Orçamento de Estado

Pedro Filipe Soares, líder da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda, vai estar em Faro esta sexta-feira, dia 4 de […]

pedro filipe soaresPedro Filipe Soares, líder da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda, vai estar em Faro esta sexta-feira, dia 4 de Novembro, às 21h30, para uma sessão pública no Club Farense sobre o Orçamento de Estado (OE) para 2017 e a sua incidência na região do Algarve.

Na sessão, participam ainda João Vasconcelos, deputado eleito pelo Algarve, e José Moreira, membro da Assembleia Municipal de Faro, eleito pelo BE.

Com esta sessão pública, o Bloco de Esquerda abre o debate, iniciado na Conferência Nacional a 22 de Outubro em Lisboa, acerca do Orçamento do Estado para 2017, a toda a população.

Dizendo assumir «os limites do acordo de maioria parlamentar para parar o empobrecimento», o Bloco de Esquerda diz reconhecer «as conquistas feitas e a importância de prosseguir o caminho iniciado».

Segundo o BE, o acordo assinado em 2015 «previa medidas a executar nos Orçamentos do Estado para 2016 e 2017» e, para o Bloco, «a prioridade é cumprir o acordo, desde logo nas medidas urgentes de recuperação de rendimentos do trabalho e das pensões: alívio da carga fiscal sobre as e os trabalhadores empobrecidos, através do aumento da progressividade nos escalões de IRS; descongelamento do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) tal como previsto no orçamento para 2016, para evitar a sua desvalorização pelo efeito da inflação; recuperação do valor das pensões mais baixas».

O Bloco defende também que «a revisão de contratos de privilégio e rendas excessivas, assinados contra o interesse público em setores como a saúde e a energia, é central para garantir o reforço do Estado Social e a redução dos custos energéticos das famílias».

Por outro lado, segundo os bloquistas, «a precarização do trabalho em Portugal baixa salários, ilude direitos e agudiza desigualdades», defendendo, por isso, que «não há recuperação sustentada dos rendimentos do trabalho sem combate à precariedade».

Daí que o Bloco considere que «o cumprimento do acordo para parar o empobrecimento exige por isso medidas para lá da esfera estrita do OE».

«Há um ano, Bloco e PS estabeleceram os patamares de partida para a atualização anual do Salário Mínimo Nacional (SMN), a caminho dos 600 euros no curso da legislatura. Assim, em Janeiro de 2017, o SMN não ficará abaixo de 557 euros».

Esta medida, frisam os bloquistas, «deve ser acompanhada da reativação da contratação coletiva, da valorização de profissões, carreiras e salários, e do combate à permissividade perante a impunidade patronal que fez do abuso a norma. Deve ser dada continuidade à aprovação da lei contra o trabalho forçado, responsabilizando as empresas, limitando as sub-contratações e o recurso ao trabalho temporário».

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