Laje de fundo do reator biológico da ETAR da Companheira começa a ser construída

A  construção da laje de fundo do reator biológico da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Companheira, […]

Laje de fundo_ETAR COmpanheira_16A  construção da laje de fundo do reator biológico da nova Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) da Companheira, em Portimão, começou ontem, com o enchimento de betão.

O reator biológico é um enorme tanque onde será feita uma parte importante do tratamento das águas residuais, através da oxigenação da matéria orgânica que irá estimular o trabalho de certas bactérias e fazer o tratamento biológico dos esgotos.

A betonagem da laje de fundo que, no total, levará 2 mil metros cúbicos de betão, irá demorar duas semanas, após o que o betão terá de “curar”, para ficar então pronto. Ao todo, é um processo que deverá demorar pelo menos seis semanas, segundo explicou um técnico da empresa construtora.

O início da betonagem da laje de fundo foi ontem acompanhado, no local, pelo presidente do Conselho de administração da empresa Águas do Algarve (AdA), dona da obra, por técnicos da empresa construtora e da própria AdA, por Joaquim Castelão Rodrigues, vice-presidente da Câmara de Portimão, e ainda pelo vereador da CDU Nelson de Freitas e pelo administrador da EMARP.

 

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Joaquim Peres, presidente do CA das Águas do Algarve, salientou que se trata da colocação do «primeiro betão estrutural em obra», o que «marca a execução física que está a acontecer mesmo e a avançar». Para mais, acrescentou, trata-se da construção de um «órgão importante» da nova ETAR.

Na betonagem está a ser usado um betão especial (C35/45), diferente do que é utilizado por exemplo na construção de edifícios. «Trata-se de betão formulado para resistir aos ataques ambientais, nomeadamente das águas residuais», explicou um dos técnicos da empresa construtora.

Para completar a construção da laje de fundo, serão feitas 12 operações de betonagem idênticas à que ontem teve lugar e que hoje continua. Só a zona que ontem foi betonada levou 160 a 170 metros cúbicos de betão, o que equivale a uns 20 camiões carregados.

A operação, que era para ter começado por volta das 12h30, começou hora e meia mais tarde, quando o primeiro camião chegou e a bomba de betão começou a jorrar sobre a armação de ferro montada no local.

«É importante que as pessoas da Companheira, de Portimão e destes concelhos vizinhos de Lagoa e de Monchique, sobretudo, saibam que a obra está a avançar, a cumprir os prazos na perfeição», disse Joaquim Peres aos jornalistas. «Estamos a cumprir o planeamento tal como estava previsto, havendo muita boa colaboração entre todas as entidades envolvidas nesta obra – as Águas do Algarve, a Câmara Municipal de Portimão, a Agência Portuguesa de Ambiente, o ICNF».

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A construção da nova ETAR, que irá acabar com os maus cheiros à entrada de Portimão e, por isso, com o tormento em que vivem há anos os habitantes da aldeia da Companheira, é considerada por Joaquim Peres como «uma situação marcante para o município de Portimão e para todos os outros que irão beneficiar desta estrutura, bem como para as próprias Águas do Algarve».

«Nós estamos a olhar pela qualidade de vida de quem cá vive e pela qualidade da estadia dos que nos visitam», acrescentou.

Quanto à questão do mau cheiro, Joaquim Peres não tem dúvidas de que irão acabar, logo que a nova ETAR esteja concluída e a funcionar e a antiga, por lagunagem, seja desativada. «Atrevo-me a dizer que podia mudar os escritórios das Águas do Algarve de Faro para aqui», acrescentou, confiante.

A nova ETAR, cujas obras começaram em Março passado e que estará pronta dentro de dois anos (720 dias de construção), representa um investimento de 13,8 milhões de euros, e está dimensionada para uma população de 140 mil pessoas, servindo os municípios de Portimão, Monchique e Lagoa.

 

Fotos: Elisabete Rodrigues|Sul Informação + Águas do Algarve SA

 

 

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