Idosos de Loulé participam em estudo sobre estado nutricional dos portugueses

Idosos do concelho de Loulé estão a participar num estudo que visa caracterizar os hábitos alimentares e estado nutricional dos […]

Estudo alimentação idososIdosos do concelho de Loulé estão a participar num estudo que visa caracterizar os hábitos alimentares e estado nutricional dos portugueses com 65 anos ou mais, a viver em comunidade e em lares de idosos, no continente e nas ilhas.

No âmbito do projeto PEN-35 – Estado Nutricional dos Idosos Portugueses foram já realizadas 1100 entrevistas em lares de idosos de Loulé. Ao todo, estão previstas cerca de 2 mil entrevistas, neste concelho algarvio.

Atualmente estão a decorrer as entrevistas aos participantes em contexto comunitário, que serão selecionados de forma aleatória em cada Unidade de Saúde, a partir do registo do Sistema Nacional de Saúde.

Como se alimentam os idosos, que circunstâncias determinam a sua dieta, quais os recursos económicos ou as suas condicionantes culturais são algumas das questões a que estudo se propõe responder.

«Não existem dados atualizados sobre hábitos alimentares dos idosos e sobre prevalência de malnutrição. Apesar disso, vários estudos alertam para o facto de a desnutrição ser um problema muito frequente em pessoas idosas: estima-se que pelo menos 27% dos idosos a residir em comunidade estejam em risco de desnutrição e que esta prevalência atinja os 52% entre idosos residentes em lares», enquadrou a Câmara de Loulé.

O PEN-3S permitirá conhecer a dimensão deste problema na população portuguesa com 65 ou mais anos, identificar fatores determinantes de malnutrição nesta população e implementar um sistema de rastreio e referenciação de pessoas em risco nutricional, quer ao nível dos cuidados de saúde primários, quer ao nível dos lares de idosos.

Os responsáveis pelo projeto, um consórcio internacional de investigadores, coordenado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, esperam que o resultado deste projeto possibilite «seguir linhas mais claras de orientação, para intervir de modo a melhorar a assistência e a qualidade de vida dos idosos».

O estudo é financiado pela Islândia, Liechtenstein e Noruega, através do Mecanismo Financeiro 2009-2014 do Espaço Económico Europeu (EEA Grants), no âmbito do Programa Iniciativas em Saúde Pública.

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