Moradores da Ilha da Culatra fazem festa e deixam forças políticas e entidades à porta

Os habitantes da Culatra vão festejar mais um aniversário da associação que os representa, esta terça-feira, mas os políticos e […]

Ilha da CulatraOs habitantes da Culatra vão festejar mais um aniversário da associação que os representa, esta terça-feira, mas os políticos e representantes de entidades públicas vão ficar à porta.

A Associação de Moradores da Ilha da Culatra decidiu não convidar representantes de partidos políticos ou de entidades, como forma de protesto pelo impasse no reconhecimento oficial do núcleo habitacional da Culatra e consequente legalização das habitações ali existentes.

A AMIC tinha a expetativa de poder anunciar a regularização da situação e o reconhecimento da «Aldeia da Culatra» nesta data. «Infelizmente e pelo contrário, o que se pode constatar é que a Ilha da Culatra foi abandonada pelo poder local e pelo poder central e, assim sendo, a única coisa que se pode anunciar no dia 19 de Julho de 2016 é que as infraestruturas e o espaço publico estão ao abandono e que a Culatra continua sem estatuto jurídico/administrativo e entregue a si própria», diz a associação, numa nota de imprensa.

«A AMIC sempre esteve disponível e teve a preocupação de participar ativamente em todas as decisões administrativas que, directa ou indirectamente, poderiam afectar os moradores, nomeadamente tomando posição na discussão pública do POOC e do Polis. Com base nas medidas contidas nesses planos, criou-se expetativas de que, por via das mesmas, a situação da Culatra fosse definitiva ou substancialmente regularizada. Ao invés tudo permanece na mesma e a falta de regulamento próprio está a por em causa todo o trabalho realizado», acrescentou.

Os culatrense falam, ainda, «nas muitas as promessas feitas por todas as forças políticas», nos últimos anos, que acabaram por nunca se cumprir. Isto levou à decisão da AMIC de «festejar esta data única e exclusivamente com a população, não convidando para o evento qualquer Entidade Publica ou representante político, como forma de protesto, manifestando assim o descontentamento da população».

No passado, lembra a associação, «todas as entidades partilhavam com a população os resultados do trabalho realizado, culminando com as respetivas inaugurações» no dia de aniversário da AMIC. «Foi assim com a Energia Elétrica, Agua Potável, Escola, Centro Social, Rede de Passadeiras, Porto Abrigo, Pista de Aterragem para Helicóptero de Emergência Médica e outras infraestruturas de apoio à população», recorda.

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