AlgFuturo: Redução do preço das portagens «não vem resolver problema nenhum»

A Algfuturo-União pelo Futuro do Algarve considera que, «depois do pecado mortal que foi a introdução de portagens na Via […]

Portagens Via do Infante_3A Algfuturo-União pelo Futuro do Algarve considera que, «depois do pecado mortal que foi a introdução de portagens na Via do Infante, com desrespeito pelos algarvios e atentado ao Algarve, a ínfima redução de 15% agora anunciada não vem resolver problema nenhum».

Segundo esta associação cívica, a redução das portagens não resolve «a barragem na fronteira que afasta os espanhóis», nem serve «para fazer aumentar a utilização pelos residentes, com menores riscos para as suas vidas e produtividade».

«Para se ter uma pequena noção das nefastas consequências, basta dizer que a quebra de passagens na Ponte do Guadiana com as portagens foi de 40% e que no primeiro pórtico de portagem, em todo o ano de 2015, passaram apenas cerca de 150.000 veículos estrangeiros», revela a AlgFuturo.

Estes números, dizem, são «irrisórios» e confirmam «o que a Algfuturo sempre afirmou, de que  obrigámos os vizinhos andaluzes a virarem as costas ao Algarve».

Por isso, a associação considera que o Governo deve é acabar com as portagens na Via do Infante, apresentando cinco razões principais para que tal deva acontecer: « «não foi tido em conta que a maior parte de obra foi feita com fundos da União Europeia», nem que «a entrada de espanhóis (sobretudo dos 8,5 milhões de andaluzes) como visitantes e turistas, é condição vital para a economia e emprego no Algarve».

Por outro lado, defende a AlgFuturo, «não foi tido em conta que o Algarve é muito extenso e superconcentrado numa estreita faixa do litoral, obrigando a grandes deslocações na vida empresarial e dos trabalhadores para irem para os seus empregos», nem que «a EN125 nunca será uma alternativa e há vidas em perigo», ou mesmo que «não há no Algarve um plano de mobilidade regional».

Por tudo isso, a Algfuturo considera que «há riscos sérios no presente e futuro do Algarve, pelo que, para a região e resto do país, são indispensáveis planos estratégicos que ponham os dedos nas feridas e com soluções objetivas que nos façam sair dos ciclos viciosos que nos têm afundado».

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