O projeto “Loulé Criativo”, promovido pela Câmara louletana, lançou um curso de caldeireiro artesanal, a arte de trabalhar o cobre e o latão, para tentar recuperar uma profissão extinta no concelho.
Ainda há uma década, o último caldeireiro na cidade se fazia ouvir nas ruas de Loulé, com os sons característicos do martelar do cobre e do latão, na produção manual de tachos, chocolateiras e caldeirões.
Hoje em dia, as antigas oficinas dos caldeireiros estão todas fechadas e desta atividade resta apenas a memória de poucos que aprenderam o ofício há mais de cinquenta anos.
O curso surge, segundo a autarquia, «como uma solução para agir rapidamente no sentido de transmitir este saber e promover condições para a instalação de novos caldeireiros com abordagens mais atuais na prática desta arte tradicional».
Nas 150 horas que dura o curso intensivo, os “aprendizes” irão trabalhar com dois mestres, aprendendo a conhecer e aplicar técnicas elementares de trabalho do caldeireiro. Terão também um módulo de design para explorar possibilidades criativas de conceção de produtos contemporâneos utilizando a arte do caldeireiro.
O curso decorre de 3 de outubro a 3 de novembro, em Loulé, e destina-se a adultos em idade ativa, com experiência ou interesse no trabalho artesanal, dispostos a realizar atividade profissional nas artes do metal.
Trata-se de uma formação não certificada que se constitui como uma estratégia para apoiar a transmissão de saberes, a atividade de artesãos e estimular a incorporação de fatores de inovação na produção.
Para tal, será dado apoio pós-formação à instalação e criação da atividade económica dos novos caldeireiros apostados em dar uma nova vida a um ofício que faz parte da alma louletana.
A participação no curso é gratuita e as inscrições estão abertas até ao dia 15 de julho. Inscrições e esclarecimentos: [email protected] ou telefone 289 400894.
Esta iniciativa insere-se no âmbito do projeto “Loulé Criativo”, que aposta na valorização da identidade deste território tendo como força motriz a criatividade e a inovação.
Para tal, dinamiza um programa de turismo criativo, de residências criativas e eventos culturais, apoia a instalação e atividade de artesãos e profissionais do setor criativo e estimula a investigação e experimentação nestas temáticas.
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