Aljezur promove festa popular «São João contra o Petróleo»

Era para ser apenas uma manifestação, mas transformou-se em mani-festa. No sábado, 25 de Junho, a partir das 17h30, na […]

mani festaEra para ser apenas uma manifestação, mas transformou-se em mani-festa. No sábado, 25 de Junho, a partir das 17h30, na Igreja Nova, em Aljezur, vai ter lugar a festa popular «São João contra o Petróleo», que integra a manifestação programada contra o início da perfuração no mar que o consórcio ENI/Galp quer fazer, seguida de muita música.

A festa estará a cargo do grupo «Off the Lip» e convidados, do dj Pedro Mesquita e ainda do coletivo 7 Magníficos.

A mani-festa é organizada por vários movimentos de cidadãos e destina-se a lutar pela travagem do furo de sondagem de hidrocarbonetos a levar a cabo pelo consórcio Galp/ENI, cujo início estava marcado para 1 de Julho, numa zona de mar ao largo do concelho de Aljezur, depois de um curto período de 15 dias de consulta pública.

No entanto, ontem, tal como o Sul Informação noticiou esta manhã em primeira mão, a ministra do Mar decidiu alargar o prazo da consulta pública em mais 30 dias úteis, até 3 de Agosto, dando assim provimento ao pedido que tinha sido feito pela Plataforma Algarve Livre de Petróleo.

«Não queremos nenhum furo em Aljezur, em Faro, ou em Tavira. Nem em Peniche, na Figueira da Foz ou em qualquer outro local do país!», garantem os movimentos promotores da manifestação.

«Os contratos que entregaram os nossos mares e terras à exploração petrolífera não ofendem apenas a lei, a protecção ambiental e a falta de consulta popular, representam a destruição do território que as anteriores gerações nos deixaram e que cabe a nós preservar», defendem.

«Estes contratos ameaçam o nosso futuro e representam uma enorme ameaça para a região, para o país e para o próprio planeta, que se quer limpo e sustentável. Conhecemos os interesses e influências que movem a indústria do petróleo: estamos a par da economia paralela, do suborno, dos jogos de bastidores, da força para além da lei, que devastou e devasta tantos países, onde supostamente os recursos petrolíferos seriam uma bênção para os povos, mas que nunca passam de uma maldição, deixando atrás de si um rastro de corrupção, poluição e desigualdades sociais», dizem ainda os movimentos.

Os promotores da manifestação consideram que esta sondagem «é o início do que é a exploração de petróleo e gás offshore: uma atividade que polui os oceanos e afeta a fauna e a flora marinhas, que perde petróleo em todas as etapas: nos furos, nos poços submarinos, no transporte nas tubagens, nas operações dos navios. Que contamina as nossas águas, o nosso peixe, as nossas praias, as nossas ondas. É uma atividade que destrói a nossa economia e as nossas vidas. É a atividade que desregula o planeta e o clima em nome da cobiça dos donos da energia».

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