Confiança e emoção são fatores decisivos no Turismo

A importância das relações de confiança e da componente emocional na gestão empresarial de projetos ligados à hotelaria e turismo […]

Fórum LisgaranteA importância das relações de confiança e da componente emocional na gestão empresarial de projetos ligados à hotelaria e turismo foram as questões centrais do Fórum organizado pela Lisgarante, que decorreu em Vilamoura, na passada sexta-feira.

Perto de centena e meia de empresários, agentes ligados à banca e parceiros financeiros participaram no Fórum «Turismo: O Motor da Economia do Algarve», que decorreu em Vilamoura e que contou com a presença do presidente da Região de Turismo do Algarve, Desidério Silva, e ainda de Carlos Abade, do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, e Nuno Cavaco Henriques, presidente da Comissão Executiva da Lisgarante, entre outras individualidades.

A importância do turismo na economia do país e principalmente do Algarve foi realçada pelo vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, que considerou esta a região turística por excelência de Portugal.

Carlos Abade apontou o crescimento registado em 2015, com números recordes nas receitas turísticas, no número de hóspedes, no número de dormidas e nos proveitos da hotelaria e destacou 2016 como um ano em que tudo aponta para novos recordes no Algarve, segundo os dados referentes a fevereiro.

«Crescimento do número de hóspedes de 21,4%, crescimento das dormidas de cerca de 20%, crescimento dos proveitos da hotelaria a rondar os 22%», afirmou o representante do Turismo de Portugal.

No entanto, Carlos Abade alertou para a necessidade de se criarem projetos inovadores e diferenciados e produtos capazes de quebrar a sazonalidade.

A visão mais humanista e emocional do turismo foi trazida pelo professor Carlos Cano Vieira, da Universidade do Algarve. Perante uma plateia atenta, o docente destacou a importância da relação de confiança que é preciso estabelecer com o cliente, a necessidade de saber  «sentir» para além de saber «fazer», e dos atuais desafios que exigem aos empresários que se superem e que pensem de forma diferente, usando a «inteligência emocional».

O mote estava dado e Desidério Silva, presidente da RTA, aproveitou para relembrar que a região algarvia acabou de ser distinguida com o prémio Marca de Confiança pelos leitores da revista Selecções do Reader´s Digest.

«O sucesso da região tem a ver com aquilo que temos vindo a consolidar, porque não há nenhum destino turístico que sobreviva e que tenha capacidade de se mostrar e promover se não houver uma relação de confiança com esse destino», afirmou Desidério Silva.

As declarações do representante máximo do turismo algarvio aconteceram integradas no painel «Open Session», que decorreu após a apresentação dos produtos financeiros da Lisgarante por parte de Bruno Matias Viegas, sub-diretor comercial da empresa.

Fizeram ainda parte do painel, que foi moderado por António Tavares, diretor comercial da Lisgarabte, Chitra Stern, do grupo Martinhal, João Soares, da Garrafeira Soares, e Sidónio Correia, sócio da Zitauto.

A importância da marca e da identidade do destino, a diferenciação dos produtos tendo em vista a oferta de uma experiência emocional única, a formação dos recursos humanos como forma de proporcionar um serviço de qualidade e excelência foram algumas das questões debatidas neste painel.

Na sessão de encerramento, o presidente da Comissão Executiva da Instituição Financeira de Desenvolvimento, José Fernando Figueiredo, fez questão de frisar que o setor do turismo tem uma enorme margem de crescimento e que, por isso, « a banca tem de saber estar presente e próximo dos clientes e do que estes precisam» e relembrou que «a garantia mútua tem de ser capaz de ajudar a construir sonhos».

A fechar o Fórum, Nuno Cavaco Henriques, presidente da Comissão Executiva da Lisgarante, afirmou que a agência do Algarve tem 700 clientes ativos e que «a atividade tem-se mostrado consistente, registando um crescimento contínuo».

Relembrando o tema do Fórum, Nuno Cavaco Henriques destacou o facto da garantia mútua ter dificuldade em dar resposta ao setor do turismo quando há investimentos em maior escala, precisamente por estar virada para as PME, e que «esse é um dos desafios que temos, que será acompanhar esses investimentos porque queremos continuar a acompanhar os clientes ligados ao turismo», afirmou.

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