Trabalhadores da Portway em risco de despedimento «continuam a ser necessários» (com fotos)

Cerca de 40 trabalhadores da Portway do Aeroporto de Faro manifestaram-se, esta manhã, contra o processo de despedimento coletivo que […]

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Cerca de 40 trabalhadores da Portway do Aeroporto de Faro manifestaram-se, esta manhã, contra o processo de despedimento coletivo que está em curso, depois de a Ryanair ter terminado o contrato de prestação de serviços de handling que tinha com a empresa.

Em causa estão 54 trabalhadores, no Aeroporto de Faro, que já receberam uma carta da Portway a dar conta da intenção do despedimento, no final do mês de outubro. No entanto, para o SITAVA –  Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos, estes trabalhadores «continuam a ser necessários» e os despedimentos acontecem por outras razões.

protesto portway (4)Vítor Mesquita, dirigente do sindicato explicou aos jornalistas que esta situação representa «uma série de ilegalidades e fraudes e esperamos conseguir revertê-la».

Segundo o SITAVA, a Groundlink, empresa que assegura o serviço de handling da Ryanair, em substituição da Portway, não está habilitada a operar nas zonas restritas do aeroporto e a contratação dos trabalhadores deveria ser feita diretamente pela Ryanair e não através de subcontratação.

O sindicato acusa ainda a Portway de estar a fazer despedimentos não devido à substituição pela Groundlink, mas  devido a um «critério seletivo do Concelho de Administração. Há setores que não são afetados pela saída da Ryanair, como a carga, e há trabalhadores da carga para ser despedidos».

Para António Goulart da União de Sindicatos do Algarve, esta situação representa uma intenção da empresa para «se descartar dos trabalhadores mais antigos, ficando apenas com os que estão a tempo parcial».

Além disso, acusa Goulart, «ninguém vai contratar estes trabalhadores depois de 31 de outubro» e o facto de apenas serem despedidos nessa altura significa que «continuam a ser necessários».

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