O ex-inspetor da Polícia Judiciária Gonçalo Amaral foi absolvido pelo Tribunal da Relação da condenação a pagar uma avultada indemnização ao casal McCann, na sequência do processo que lhe foi movido pelos pais de Maddie, a menina britânica desaparecida em 2007 da Praia da Luz, em Lagos, pela publicação do livro «A Verdade da Mentira».
Gonçalo Amaral, que investigou morte de Maddie e, posteriormente, publicou um livro onde sustentava a tese de que a criança teria morrido acidentalmente e o seu corpo sido ocultado pelos pais, foi levado a tribunal por Gerry e Kate McCann, que exigiram uma compensação monetária por danos morais.
Numa primeira instância, o ex-inspetor da PJ foi condenado a pagar uma indemnização de meio milhão de euros aos pais de Maddie.
Agora, a decisão foi revogada pela Relação, que considerou não haver lugar a compensação, já que considera que Gonçalo Amaral apenas levou a cabo um «legítimo exercício do direito de opinião» e que o casal McCann terá limitado o seu direito à intimidade, a partir do momento em que se expuseram na comunicação social, contando a sua versão do sucedido.
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