“Ilhéus” do Farol fizeram SOS humano contra as demolições

Foi de cravo vermelho na mão, à mistura com bandeiras de Portugal, que três centenas de pessoas, de todas as […]

manif dos ilhéus 2Foi de cravo vermelho na mão, à mistura com bandeiras de Portugal, que três centenas de pessoas, de todas as idades, se manifestaram hoje, dia 25 de Abril, no núcleo do Farol da Ilha da Culatra, contra a continuação das demolições nas ilhas-barreira do Parque Natural da Ria Formosa.

A culminar o protesto, os manifestantes formaram as letras SOS no areal da praia do Farol.

Um dos participantes no protesto, que teve lugar no núcleo do Farol, pertencente ao concelho de Faro, foi António Pina, presidente da vizinha Câmara Municipal de Olhão. O autarca socialista, em declarações à RTP, disse que «estas casas das ilhas foram uma conquista dos olhanenses e dos farenses no pós 25 de Abril», defendendo que «é preciso que nos libertem desta ditadura da presidência da Sociedade Polis».

António Pina acrescentou que as demolições «já parecem ser uma questão pessoal do presidente da Sociedade Polis».

Na semana passada, foi conhecida a decisão do Supremo Tribunal Administrativo, que não admitiu o recurso da Associação de Moradores da Ilha do Farol, que invocava a proteção do camaleão para tentar parar as demolições.

Firmino Júlio, dirigente daquela Associação de Moradores, também em declarações à RTP, salientou que, apesar disso, «ainda se encontram no tribunal para decisão 46 providências cautelares».

Acrescentou que a Associação está a «preparar, com os nossos advogados, novo processo para nos defendermos e a todo o edificado da ilha do farol, que é um universo de 210 habitações».

Por outro lado, depois de ter sido julgada improcedente na primeira instância do Tribunal Administrativo de Loulé, a providência cautelar intentada pela Câmara de Olhão está ainda à espera da decisão do recurso feito para o Supremo Tribunal Administrativo. «Aguardamos a posição do tribunal», disse hoje o presidente António Pina.

Segundo o Movimento SOS Ria Formosa/Je Suis Ilhéu, que promoveu o protesto, este foi «um grito de ajuda e de protesto contra os que querem destruir as comunidades das ilhas-barreira, contra a poluição, contra tudo o que tem prejudicado a nossa Ria Formosa e aqueles que dela trabalham ou usufruem».

 

Fotos: página de facebook do Movimento SOS Ria Formosa:

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