A Associação Académica da Universidade do Algarve mostrou-se «manifestamente contra o aumento do valor da propina» nos cursos de 1º ciclo e mestrados integrados desta Instituição de Ensino Superior, e tem os estudantes do seu lado.
O presidente da AAUAlg Rodrigo Teixeira viu aprovada por maioria a moção que apresentou à Assembleia Magna, na passada semana, onde defende a manutenção do atual valor desta taxa e insta os membros do Conselho Geral a não aprovar a proposta apresentada pela reitoria de aumento do valor anual a pagar pelos estudantes de 965 para 1000 euros.
Os estudantes da UAlg alegam que muitos universitários e famílias já têm grandes dificuldades em pagar o atual valor das propinas, ao qual acresce a taxa de inscrição e seguro, que, no caso da academia algarvia é de 25 euros, o que leva a que «o valor real que um estudante tem de pagar para ter um ano letivo completamente pago na Universidade do Algarve no presente ano letivo são 990 Euros».
Desta forma, propõem «manter o valor de 965 euros de propina», bem como uma revisão do valor a cobrar pela inscrição e seguro. Como exemplo, dão a prática seguida pela Universidade do Porto, «que só cobra a módica quantia de 2 Euros de Seguro Escolar».
Na moção apresentada, os alunos da UAlg afirmam-se conscientes das dificuldades vividas pela UAlg, em função dos sucessivos cortes no financiamento às IES, nos últimos anos. E até deixam palavras de elogio à reitoria.
«Nada se pode apontar de negativo à reitoria da Universidade do Algarve em termos de gestão da UAlg, antes pelo contrário, reconhecemos-lhe o esforço efetuado na procura de várias outras propostas, algumas de difícil consenso, para diminuição de despesa e aumento de receita, em prol de atingir uma sustentabilidade financeira para a instituição», lê-se no documento.
Apesar disso, os estudantes consideram que há outras vias para obter o mesmo crescimento de receita previsto, por via do aumento das propinas.
«O valor de receitas próprias que a Universidade espera obter com o aumento do valor de propinas, relativamente ao valor global das receitas próprias que a UAlg tem, nunca ultrapassando os 5% deste valor. Nesse sentido propomos que, em alternativa, a Universidade do Algarve consiga obter outro tipo de receita própria, nomeadamente, num aumento da aposta de financiamento com projetos, prestação de serviços e mesmo a aposta em nova oferta formativa e a internacionalização. Temos consciência que a Universidade nos últimos anos tem trabalhado neste sentido e consideramos que é possível atingir valores que colmatem os valores referidos», acreditam.
A proposta da reitoria para aumento do valor das propinas será votada este mês, na próxima reunião do Conselho Geral, órgão que tem a última palavra a dizer nas principais decisões tomadas no seio da universidade algarvia e que elege a equipa reitoral.
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