ACRAL admite reeditar jornal O Algarve dedicado «exclusivamente» à Economia

O jornal O Algarve poderá ser novamente editado, em formato online e dedicado «exclusivamente» a assuntos económicos e à área […]

O AlgarveO jornal O Algarve poderá ser novamente editado, em formato online e dedicado «exclusivamente» a assuntos económicos e à área empresarial.

Este é um dos projetos que o recém empossado presidente da direção da Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL) tem em carteira, para o mandato que irá cumprir até 2020.

Durante a presidência de João Rosado, a associação empresarial algarvia adquiriu aquele título, bem como o do jornal online Observatório do Algarve, mas o seu sucessor, Victor Guerreiro, suspendeu-os pouco tempo depois de tomar posse, em 2013.

Na altura da transição entre as duas anteriores direções, o novo presidente Álvaro Viegas não escondeu discordar fortemente da aposta que havia sido feita pela associação, através da empresa Canal Algarve, da qual é a sócia maioritária.

«Eu fui um dos principais críticos, na altura, por considerar que a  ACRAL não tem vocação para ter um jornal em papel. E o que é facto é que o Jornal O Algarve, enquanto existiu, dava 10 mil euros de prejuízo mensal», enquadrou o novo presidente da ACRAL, numa entrevista ao Sul Informação.

«A reedição de um jornal em papel não irá acontecer. O que ponderamos, e porque o custo é mínimo, é aproveitar  título O Algarve, que é o mais antigo da região, e transformá-lo num jornal online, virado para a atividade económica», revelou.

No fundo, trata-se de promover «uma especialização na área do comércio e serviços, ou seja, tudo o que tenha a ver com a área em que a ACRAL opera. Não queremos um jornal generalista, como já existem outros no Algarve. Eu quero criar um jornal online virado, totalmente, para a atividade empresarial», disse Álvaro Viegas.

Este projeto está, para já, no plano das ideias, pelo que ainda não há certezas de quando (e se) poderá ser uma realidade. Certo é que a ACRAL não esqueceu os títulos que detém, na área da comunicação social.

Este é apenas um dos muitos projetos que Álvaro Viegas quer implantar, nos próximos quatro anos. Na segunda passagem pela presidência da direção da ACRAL (já havia ocupado o cargo entre 1999 e 2002), o dirigente associativo vai dar continuidade a projetos que já tinham sido iniciados pelas direções de Victor Guerreiro e de João Rosado, mas também pretende ir buscar “ao baú” algumas ideias que lançou, antes do virar do século, que acabaram por não ter seguimento.

Um dos principais enfoques desta nova direção, pelo menos nesta fase inicial, é dar continuidade ao «Algarve Positivo», levando-o ainda mais longe. «Este projeto tem a ver com a criação de um selo de origem para os nossos produtos. A primeira fase foi concluída a 31 de Dezembro e vamos agora lançar um concurso público internacional, no âmbito de uma candidatura que já está aprovada, para criação de uma plataforma comércio online», contou.

Álvaro ViegasEsta ferramenta permitirá «que os empresários que já aderiram à primeira fase, que são cerca de 200, possam exportar para os quatro principais mercados da Europa: Espanha, França, Alemanha e Reino Unido». «Estamos a falar de um investimento de cerca de 500 mil euros, que nos irá permitir construir a plataforma online, onde os produtores poderão expor os seus produtos e os compradores, nesses mercados, poderem encomendar e pagar», descreveu.

Além disso, Álvaro Viegas vai “tirar da gaveta” dois projetos que lançou, da primeira vez que ocupou o cargo, que «eram um grande sucesso, mas, certamente por razões estratégicas, não foram desenvolvidos pelas direções que se seguiram».

Desde logo, «o sistema coletivo de segurança, que permitiu, através de uma parceria com a GNR e uma empresa de segurança, instalar alarmes em mais de mil estabelecimentos comerciais, ligados diretamente à GNR, que os monitoriza 24 horas».«Na altura, conseguimos reduzir drasticamente o número de assaltos», garantiu

Agora, a direção da ACRAL quer dar mais um passo e estender o projeto para as zonas mais urbanas. «O que falhou foi conseguir estender este projeto às zonas policiadas pela PSP, que são as principais cidades», ilustrou. Será esse o objetivo desta direção: «nesta segunda fase, não só vamos aumentar a cobertura nas zonas tuteladas pela GNR, mas queremos, também, estender À zona da PSP».

O outro projeto que Álvaro Viegas pretende retomar é o da «criação de uma escola profissional de comércio e serviços». Em 1999, foi criado um polo de formação nas instalações da ACRAL, em Faro, e ministrados cursos dirigidos a detentores do 9º ano. Após três anos de formação, os alunos tinham equivalência ao 12º, bem como um diploma.

«Queremos voltar a falar com o Instituto de Emprego e Formação Profissional, no sentido de retomar este projeto, que dá dupla certificação e serve os interesses dos nossos sócios», disse.

 

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