Bispo do Algarve lamenta falta de vontade para ajudar refugiados

O terrorismo e o «drama» dos refugiados foram dois dos temas abordados na homilia do bispo do Algarve, na missa de Domingo de Páscoa, […]

Bispo do Algarve_01O terrorismo e o «drama» dos refugiados foram dois dos temas abordados na homilia do bispo do Algarve, na missa de Domingo de Páscoa, na Sé de Faro.

D. Manuel Quintas alertou para a urgência do testemunho «alegre de Cristo ressuscitado» dos cristãos diante do fundamentalismo terrorista e lembrou «o drama» dos refugiados «face aos quais parece não haver vontade ou capacidade de resposta».

«Como seria diferente a Igreja se nós, seus membros, nos decidíssemos a percorrer um caminho de renovação e conversão! Como seria diferente a nossa vida e a do mundo que nos rodeia se nos decidíssemos a ser testemunhas alegres de Cristo ressuscitado», disse D. Manuel Quintas.

Na homilia enviada esta segunda-feira à Agência ECCLESIA, o prelado assinalou que celebrar a Páscoa é «deixar-se contagiar» pela alegria que inundou o coração de quantos experimentaram e testemunharam a presença de Cristo ressuscitado naquele primeiro dia da semana.

«A nossa fé adquire nova vitalidade sempre que acolhemos Cristo ressuscitado na nossa vida e nos deixamos iluminar pela luz que brota da sua ressurreição. N’Ele a fé torna-se convicção profunda, adquire vitalidade e assume uma força geradora de conversão e de mudança de vida», desenvolveu.

Neste contexto, o bispo do Algarve explicou que os atentados terroristas em concreto em Bruxelas, «bem como noutras partes do mundo», dizem o «quão urgente é este testemunho».

«Acontecimentos que, efetivamente, deixam-nos perplexos pela insegurança, pelo medo, pela morte, provocados por um fundamentalismo cego e cruel», observou na Sé de Faro.

«Este mundo que nos assusta precisa, urgentemente, de ser iluminado pela luz de Cristo ressuscitado, pela luz do testemunho de cada cristão, chamados a sermos semeadores da alegria e da esperança», acrescentou o bispo.

No Domingo de Páscoa, D. Manuel Quintas recordou também os que fogem da guerra e do terror, considerando que «não é menor o drama» que continuam a viver milhares de refugiados de todas as idades, «face aos quais parece não haver vontade ou capacidade de resposta».

Contudo, o bispo do Algarve à «imagem de um mundo sombrio» realçou o «empenho de uma multidão imensa, incomparavelmente maior, que se esforça, cada dia, por construir um mundo melhor».

«O mundo não são apenas estas desgraças que nos entram pela televisão. São aquelas que nós não conhecemos, aqueles gestos fraternos de tanta gente, com grande generosidade, voluntários em todos os âmbitos humanos, que procuram tornar este mundo melhor», referiu ainda D. Manuel Quintas, sublinhado que o mundo de hoje «precisa do testemunho de alegria, de fé e de esperança», divulgou o jornal Folha do Domingo.

Na Vigília Pascal 55 adultos receberam os sacramentos de iniciação cristã e, na Missa de Páscoa, o D. Manuel Quintas, que crismou e deu a primeira comunhão a quatro deles, destacou a «procura crescente de muitos adultos que pedem para ser batizados”.

«É, de facto, expressão desta procura de algo para preencher a própria vida e de encontrar na pessoa de Cristo, no evangelho e na Igreja, resposta para essa procura», disse D. Manuel Quintas.

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