PCP visita empresas, autarquia e equipamentos públicos para denunciar precariedade no Algarve

A campanha “Mais direitos, mais futuro – não à precariedade”, promovida pelo PCP, arranca amanhã em todo o país. No […]

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Centro de Distribuição da Jerónimo Martins no Algoz é um dos locais a visitar

A campanha “Mais direitos, mais futuro – não à precariedade”, promovida pelo PCP, arranca amanhã em todo o país. No Algarve, esta quinta-feira, 18 de Fevereiro, os comunistas promovem ações de contacto com os trabalhadores do Aeroporto de Faro, do Hospital de Lagos, da Câmara Municipal de Portimão, do centro logístico do grupo Jerónimo Martins, no Algoz, e do Ria Shoping, em Olhão.

Segundo a Doral do PCP, ao longo das próximas semanas, irão seguir-se «dezenas de outras ações de contacto com os trabalhadores em toda a região», destacando ainda a realização de uma sessão pública em Faro, no mês de Abril, sobre a Constituição da República (que assinala no dia 2 de Abril o seu 40º aniversário) e os direitos dos trabalhadores

A campanha “Mais direitos, mais futuro – não à precariedade” é uma ação «dirigida aos trabalhadores em torno dos seus direitos, dos seus salários e condições de vida e que coloca a necessidade de uma outra política que, em rutura com o rumo de exploração que tem sido imposto, afirme a necessidade de um combate firme contra a precariedade, do aumento dos salários, da reposição e conquista de novos direitos pelos trabalhadores», salienta o PCP.

Os comunistas consideram que a campanha surge «perante a realidade que marca a vida de milhares de trabalhadores algarvios, com níveis de desemprego, precariedade e sazonalidade laboral alarmantes e que não podem ser separados do modelo de desenvolvimento que tem sido imposto à região – assente na mono atividade do turismo e na sobreexploração de quem trabalha».

De facto, no Algarve e no país, sublinha o PCP, «nada obriga a que se persista no rumo de exploração e empobrecimento dos trabalhadores portugueses ao mesmo tempo que se acumulam colossais fortunas por parte de quem vive da especulação e do saque dos recursos nacionais».

Para os comunistas, é «possível criar postos de trabalho que potenciem os recursos nacionais e respondam às necessidades do País», assim como «aumentar os salários, fixar o salário mínimo nacional nos 600 euros» e ainda «combater a precariedade — a um posto de trabalho permanente deve corresponder um vínculo de trabalho efetivo».

Outro desígnio é «restabelecer o horário de trabalho das 35 horas semanais a quem foi retirado e garantir a sua fixação progressiva para todos os trabalhadores, aplicar horários que permitam compatibilizar a vida profissional com a vida pessoal e familiar, cada trabalhador deve poder organizar a sua vida, não estar sujeito aos prolongamentos arbitrários, às adaptabilidades, aos bancos de horas», assim como «assegurar direitos e condições de trabalho dignas a todos».

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