O ex-primeiro ministro Pedro Passos Coelho tinha medidas «em carteira» para implementar no Algarve, caso o seu Governo não tivesse caído, para «minorar os efeitos da sazonalidade», nomeadamente «a melhoria das acessibilidades e da sinalética, o acesso ao crédito, o desagravamento fiscal e o apoio ao investimento, a diminuição do desemprego e a redução do valor das portagens na Via do Infante», segundo o PSD/Algarve.
Segundo a estrutura regional do PSD, estas ideias foram transmitidas pelo líder dos social-democratas a empresários do setor turístico, numa visita que fez ao Algarve, na passada sexta-feira, onde assegurou que só «o acordo das “esquerdas”» o impediu da concretizar estas propostas.
Estas garantias foram dadas durante a visita de Passos Coelho à sede da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, em Albufeira, em que se fez acompanhar pelos deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Faro, José Carlos Barros e Cristóvão Norte, pelo secretário-geral do PSD, Matos Rosa, e pelo presidente do PSD Algarve, David Santos.
E não foi só nesta reunião que a sazonalidade esteve em cima da mesa. Também no encontro que teve com o presidente da Câmara albufeirense, o social-democrata Carlos Silva e Sousa, foi abordado este problema do Turismo algarvio.
«Embora estejamos no bom caminho em matéria de turismo, com resultados bastante positivos e boas expetativas, o Algarve e Albufeira, em particular, precisam de traçar novas metas para diversas questões, como a sazonalidade», salientou Carlos Silva e Sousa.
Além de ter estado em Albufeira, Passos Coelho aproveitou a deslocação à região para participar numa sessão com militantes do PSD, no âmbito da sua recandidatura à presidência do partido, no Club Farense, na baixa da capital algarvia.
Aos social-democratas da região, o ainda líder do PSD garantiu que «não desistirá do país, nem dos portugueses», perfilando-se para avançar quando o atual Governo socialista «se veja esgotado e sem capacidade para fazer aprovar na Assembleia da República o instrumento mais relevante na concretização da ação governativa», o Orçamento de Estado «e os seus possíveis retificativos».
Ainda assim, só admite voltar a ocupar o cargo de primeiro ministro «num quadro em que os portugueses sejam novamente chamados a pronunciar-se nas urnas».
Veja as fotos da visita de Pedro Passos Coelho ao Algarve:
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