Vítima de AVC transferida de Faro morre em Coimbra, CHA apura se regras foram cumpridas

O Centro Hospitalar de Faro abriu um inquérito para averiguar se os procedimentos de transferência de um doente vítima de […]

INEM_5O Centro Hospitalar de Faro abriu um inquérito para averiguar se os procedimentos de transferência de um doente vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), quando estava nas urgências do Hospital de Faro, foram todos cumpridos. Já depois desta decisão, o homem, de 74 anos, morreu no Hospital de Coimbra, onde estava internado, em coma profundo.

Segundo revelou ao Sul Informação Pedro Nunes, presidente do Conselho de Administração do CHA, à partida, tudo aponta para que os profissionais de saúde envolvidos tenham agido da melhor forma, mas, ainda assim, decidiu-se pelo lançamento de um inquérito. Esta averiguação será dirigida «pelo doutor Alfredo Santos, um dos clínicos mais experientes do Hospital».

O homem de 74 anos que faleceu na madrugada desta segunda-feira, depois de ter estado em coma profundo no Hospital de Coimbra alguns dias, foi originalmente atendido em Faro e mandado para Lisboa, após ter sido vítima de um AVC. Chegado ao Hospital de São José, terá sido recusada a sua entrada, já que, segundo a imprensa nacional, o médico de serviço estava de saída. Daí, foi de ambulância para Coimbra, onde entrou em coma e acabou por morrer.

Em causa, não está a transferência do doente, uma vez que esta «seria sempre a única hipótese, já que os hospitais do Algarve não têm capacidade para acudir a este tipo de situações», mas sim se os procedimentos de transferência foram todos cumpridos. «A informação que tenho é que tudo decorreu dentro da normalidade», garantiu Pedro Nunes.

Segundo o administrador dos hospitais algarvios, a partir do momento em que é decidida a transferência de um doente, “a bola” passa para o lado do CODU/INEM. Ainda assim, disse, «é normal que o hospital de origem comece logo a estabelecer contactos com o hospital para onde o doente vai». Assim, o inquérito procurará determinar «o que foi feito e quem falou com quem».

Da parte do CHA, acrescentou Pedro Nunes, houve a preocupação de fazer acompanhar o doente em causa «com um médico e um enfermeiro especialistas» e até terá sido o Hospital a fornecer as máquinas necessárias para manter a estabilidade do doente, com os quais «a ambulância não estava equipada».

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