A possibilidade de «estender as ações da Sociedade Polis por mais algum tempo» é um dos temas principais da reunião que o Conselho de Administração da Sociedade Polis Litoral Sudoeste vai ter amanhã, dia 11 de Dezembro, com a secretária de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza, revelou o presidente da Câmara de Odemira.
José Alberto Guerreiro acrescentou que «os quatro presidentes de Câmara» do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (Odemira, Aljezur, Vila do Bispo e Sines) «assinaram, em conjunto, um ofício, dirigido ao senhor Ministro e à senhora Secretária de Estado, solicitando a prorrogação desta intervenção por mais um ano». «O Conselho de Administração também comunga desta necessidade» de prolongar o prazo da Polis Litoral Sudoeste, frisou o autarca odemirense.
A reunião com a secretária de Estado Célia Ramos servirá ainda para «avaliarmos o que ganhámos com estas iniciativas, fazer o ponto da situação sobre as intervenções», acrescentou José Alberto Guerreiro, que falava durante uma visita de trabalho que a Câmara de Odemira promoveu ontem, às obras executadas pela Sociedade Polis, concluídas e em curso, no litoral deste concelho alentejano.
«Só com este esforço conjunto e com esta junção de vontades será possível desenvolver o que ainda falta», sublinhou ainda o autarca.
Também João Alves, membro do Conselho de Administração da Polis Litoral Sudoeste, em representação do ICNF, e, na prática, número 2 desta Sociedade Polis, manifestou a esperança de que «o novo Governo possa dar mais tempo para concluir obras em curso e para executar as que ainda estão em projeto».
Para mais porque, sublinhou, tal situação se fará «sem mais despesa para o Estado», uma vez que a Polis tem «verbas disponíveis para o Litoral Alentejano», resultantes, por exemplo, do capital já realizado pelos municípios.
«Todos temos a esperança de, na sexta-feira, recebermos boas notícias da nova tutela», admitiu João Alves.
Ainda assim, se o Governo não for sensível aos argumentos dos autarcas e dos outros membros do Conselho de Administração da Polis Sudoeste, ou seja, «se a prorrogação não acontecer», em fase de liquidação «ainda ocorrerá a finalização de alguns trabalhos que estão a decorrer, na Zambujeira, em Milfontes, e nós concretizaremos quase 80% do que estava previsto», revelou o presidente da Câmara de Odemira.
José Alberto Guerreiro garantiu mesmo que «o Município que mais investiu, que mais dedicou um esforço muito particular a esta intervenção e que, no conjunto daquilo que estava inicialmente previsto, mais conseguirá concretizar, é o de Odemira».
«Porquê? Porque apostou com muito capital nesta sociedade. Temos, neste momento, constituídos cerca de 3,1 milhões de euros de capital social, mas estamos conscientes que, a concretizar as restantes ações, podemos chegar aos 5 milhões de euros de capital social», explicou.
«Isso num conjunto de atividades no terreno que, neste momento, se cifra em 10 milhões de euros e que pode vir a atingir 16 milhões, se for concretizada a Eco-Ciclovia e o desassoreamento do Mira, em Vila Nova de Milfontes», disse ainda o autarca.
«Neste momento, com tudo o que está no terreno, podemos estar satisfeitos. Houve um conjunto de vontades, que ultrapassaram dificuldades, ultrapassaram barreiras, e que chegam até aqui com a firme determinação de fazer deste um litoral de excelência», concluiu.
Comentários