O responsável do Setor da Pastoral da Cultura, Património e Bens Culturais, da Diocese do Algarve, apresentou quatro propostas de “Roteiros da Fé” para a “valorização do património cultural algarvio” e vivência da fé.
“A Igreja do Algarve ainda é pecadora na sua proposta e na vivência destes roteiros de fé, não apenas ao povo crente, mas também a quem nos visita porque já todos entendemos que o turismo no Algarve não é só praia e sol”, assinalou o padre Carlos de Aquino.
Na rubrica “Conversas à 5ª”, promovida pelo Cine-Teatro Louletano, o sacerdote recordou que o turismo também é a “valorização do património cultural” e “grande parte” desse património no Algarve é “religioso, cristão, sagrado”.
O também coordenador do Departamento da Pastoral Litúrgica e Arte Sacra e diretor do Secretariado da Liturgia, Música Sacra, Novas Igrejas e Espaços Culturais da diocese algarvia começou por propor um roteiro dos nove santuários marianos locais que são um “percurso muito belo de espiritualidade”.
Neste contexto, o padre Carlos de Aquino alertou que alguns destes espaços estão abandonados, não estão cuidados, não estão identificados, “não são espaços catequéticos a quem visita, não há referências, não se conhece a história e memória dos altares, imagens, azulejos, das pinturas”.
“Tiveram em determinado tempo grande pujança, hoje, parecem igrejas particulares”, observou, lamentando que há espaços destes que “nem são conhecidos no Algarve como santuários”.
Depois, o responsável do Setor da Pastoral da Cultura, Património e Bens Culturais sugeriu um roteiro de igrejas identificativas de vários períodos da história, “da Idade Média à Idade Moderna”, dando exemplo concretos de exemplares do estilo manuelino; da renascença, do barroco e do estilo neoclássico.
Segundo o jornal diocesano “Folha do Domingo”, no Cine-Teatro Louletano, o sacerdote indicou também a criação de um percurso de “valorização do turismo na azulejaria”, quer de padrão, quer de figuração, contextualizando com diversos exemplos.
Por fim, o padre Carlos de Aquino propôs um roteiro dedicado à “pintura sacra e religiosa”, dando a garantia que “muito deste património foi já recuperado” e há igrejas que já “podem integrar o itinerário”.
“Saber viver deveria significar olhar para a vida com olhos habituados a ver tudo como símbolo. Os espaços religiosos cristãos são simbólicos desde a porta ao seu interior, às imagens e ao que lá se faz”, desenvolveu o responsável do Setor da Pastoral da Cultura, Património e Bens Culturais.
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