130º aniversário do nascimento de Julião Quintinha motiva exposição em Silves

Uma exposição documental sobre Julião Quintinha, um dos grandes vultos da literatura e do jornalismo que marcou o século XX […]

Quintinha, JuliaoUma exposição documental sobre Julião Quintinha, um dos grandes vultos da literatura e do jornalismo que marcou o século XX em Portugal, natural de Silves, está patente até 31 de Dezembro, nos Paços do Concelho, em Silves, quando se assinalam 130 anos sobre o seu nascimento.

A iniciativa é promovida pela Câmara Municipal de Silves através do seu Arquivo Municipal.

Natural de Silves, onde nasceu a 19 de dezembro de 1885, Julião Quintinha colaborou em quase todos os periódicos do Algarve, como O Aldeão, Ecos de Loulé, Folha de Alte de Loulé, Jornal de Portimão, O Messinense, O Povo de Silves e A Rajada de Silves, Foz do Guadiana e Jornal do Algarve de Vila Real de Santo António e o Jornal de Lagos, tendo, também, sido correspondente de órgãos republicanos de Lisboa.

Com a sua ida para a capital, em 1920, ingressou no jornalismo profissional, colaborando nos principais periódicos como O Século, Diário da Tarde, O Diabo, Diário Popular, República, Actualidades e outros.

Cooperou, igualmente, nas revistas Cultura e Revista do Algarve e foi chefe de redação do Diário da Tarde, Diário da Noite e Jornal da Europa e subchefe da redação do jornal República.

A sua atividade estendeu-se a jornais do Brasil (Tribuna, de Santos), de Moçambique (Diário de Notícias de Lourenço Marques) e de Angola (Província de Angola), bem como a periódicos de diversas localidades do país.

Enquanto jornalista e ficcionista produziu algumas obras como Vizinhos do Mar (1921) e Terras de Fogo (1923), que obtiveram bastante sucesso, alcançando novas edições em pouco tempo, bem como Dor Vitoriosa – Novela Vermelha (1922) ou Cavalgada do Sonho (1924).

Da vasta bibliografia deste silvense consta ainda a obra Terras de Sol e da Febre, publicada em 1932, no género de reportagem em colónias estrangeiras, uma coletânea de estudos literários intitulada Imagens de Actualidade e a obra Novela Africana, onde ressalta a preocupação com o problema colonial nos espaços narrativos de Angola, Guiné, Moçambique e S. Tomé e Príncipe, ambas publicadas em 1933.

Estes e outros pormenores sobre a vida e obra de Julião Quintinha poderão, assim, ser visitados de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 17h00.

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