Utentes da Via do Infante têm «esperança» num novo Governo mas não largam a luta

Utentes da Via do Infante vão reunir-se no próximo sábado, dia 21 de Novembro, às 17 horas, na sede do […]

Ação de protesto da CUVI em FaroUtentes da Via do Infante vão reunir-se no próximo sábado, dia 21 de Novembro, às 17 horas, na sede do Motoclube de Faro, na capital algarvia, para «debater as consequências de 4 anos de imposição das portagens no Algarve e agendar novas ações de luta para a sua abolição imediata».

Apesar de não relaxar, na sua já longa luta contra as portagens na A22, a Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) mostra-se confiante que haja mudanças, em breve. «Com a formação de um novo governo abre-se um novo ciclo de esperança no país, incluindo o Algarve», disse, numa nota de imprensa.

Desde as últimas Eleições Legislativas, a CUVI passou a ter “representação” na Assembleia da República, já que um dos seus principais dinamizadores e rostos, João Vasconcelos, foi eleito deputado do Bloco de Esquerda pelo Algarve. Apesar de haver a possibilidade de o futuro Governo contar com o apoio desta força política, os ativistas antiportagens não deixam de endereçar um recado aos futuros governantes de Portugal. «O novo governo não deve e não pode fechar os olhos a toda esta tragédia que todos os dias se está a abater sobre a região algarvia», consideraram.

A Comissão de Utentes volta à carga poucos dias antes de se completarem 4 anos desde que começaram a ser cobradas taxas na A22 (desde 8 de Dezembro de 2011) esta, dizem, é uma iniciativa pública, na qual, além dos utentes, querem que estejam presentes «personalidades, organismos e entidades da região», alegando estar em causa «o presente e o futuro do Algarve».

Para os ativistas antiportagens, «os resultados, muito negativos e trágicos encontram-se bem à vista de todos». «O Algarve deverá fechar o ano com a cifra de 10 mil acidentes – uma brutalidade!», consideraram.

«Só entre 1 de Janeiro e 21 de Outubro deste ano registaram-se 7943 acidentes, mais 957 do que no mesmo período do ano passado. Ainda este ano e no mesmo período ocorreram na região 32 vítimas mortais, mais 12 do que em 2014 e mais 15 do que em 2013. Os feridos graves também aumentaram, passando de 111 em 2014 para 138 em 2015. Faro é o quarto distrito do país onde houve mais acidentes, só sendo ultrapassado por Lisboa, Porto e Braga», descreveram.

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