Lagos homenageou memória do Infante D. Henrique nos 555 anos da sua morte

O Município de Lagos voltou a prestar homenagem à memória do Infante D. Henrique, numa cerimónia que celebrou os 555 […]

Homenagem ao Infante Dom Henrique pelos 555 anos da sua morte
homenagem ao Infante Dom Henrique pelos 555 anos do seu falecimento

O Município de Lagos voltou a prestar homenagem à memória do Infante D. Henrique, numa cerimónia que celebrou os 555 anos sobre a sua morte e que decorreu a 13 de novembro, na Praça com o seu nome.

Considerando a importância e a relevância histórica do Infante D. Henrique, o Navegador, na história de Portugal e do mundo, em particular na Fase Henriquina dos Descobrimentos Portugueses (1415-1460), bem como a sua ligação a Lagos, a autarquia voltou, este ano, a organizar um programa, desta vez relembrando os 555 anos sobre a sua morte.

Foi uma forma de «valorizar a vida e obra de D. Henrique, enquadrando-o historicamente e no contexto social, político e religioso, mas igualmente dar destaque aos vários aspetos do património material existente em Lagos ou com alguma relação a esse período do séc. XV».

A cerimónia protocolar contou com a participação de uma Secção de Fuzileiros da Marinha Portuguesa, e com a presença do Capitão-de-Mar-e-Guerra Paulo Manuel José Isabel, comandante da Zona Marítima do Sul, como representante da Marinha Portuguesa, e que se associou mais uma vez mais à celebração desta efeméride.

Vários foram os convidados que também estiveram presentes neste tributo que decorreu junto à estátua do Navegador. Igualmente presentes estiveram alunos dos 4º e 9º anos, que participaram em atividades didáticas.

Depois de prestada a homenagem à memória do Infante, com a deposição de uma coroa de flores, usou da palavra o Capitão do Porto de Lagos, comandante Pedro Miguel Carvalho Pinto, que, em nome da Marinha Portuguesa, começou por agradecer o convite para “participar nesta homenagem a tão importante navegador português, e a quem bem sabemos o quanto somos devedores”.

Para este responsável, “o Infante é uma figura que devemos ter sempre como referência”, sendo que “a melhor homenagem que lhe podemos fazer é seguir o seu exemplo de empreendedorismo”.

A terminar, lembrou que “o nosso futuro está indiscutivelmente ligado ao mar”, referindo que “esta ligação ao mar pode contribuir, de forma decisiva para o desenvolvimento e promoção da cidade de Lagos, assim a saibamos manter”.

Por seu turno, a presidente da Câmara Maria Joaquina Matos iniciou a sua alocução relembrando que, mais uma vez, a autarquia decidiu prestar esta homenagem “singela e simbólica, mas muito importante, e que deveremos repetir todos os anos”.

Recordando que foi a figura ímpar do Infante D. Henrique que “sonhou e projetou a era dos Descobrimentos Portugueses que transformaram Portugal num grande império”, a presidente referiu que entende como “obrigação dos lacobrigenses prestar anualmente esta homenagem a alguém que tanto trouxe a Lagos, e ao mundo”.

A sua intervenção foi concluída com a leitura de um trecho do livro “Henrique, O Infante”, de João Paulo Oliveira e Costa, que afirma no seu início que “poucas figuras históricas marcaram tão profundamente a existência de Portugal na sua configuração e na sua relação com o mundo e de forma tão radical e transformadora como o infante D. Henrique”.

O programa das comemorações contou ainda com uma visita guiada aos vestígios do Património Quatrocentista da Cidade de Lagos – “Viagem ao Tempo do Infante D. Henrique” – e uma conferência subordinada ao tema “O Infante D. Henrique e os Descobrimentos”, que decorreu no Salão Nobre dos Antigos Paços do Concelho, e que encerrou o ciclo de conferências “600 anos da Tomada de Ceuta”, que a autarquia promoveu desde o início do ano.

O dia terminou com uma visita guiada ao Centro Ciência Viva de Lagos, que tem o mar como tema principal.

 

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