Há desalojados por causa das cheias em Albufeira

Pelo menos uma dezena de pessoas ficou hoje desalojada na cidade e em outros pontos do concelho de Albufeira, devido […]

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Início da avenida da Liberdade, em Albufeira – a ribeira tomou o seu lugar de antigamente – foto de Nelson Brito

Pelo menos uma dezena de pessoas ficou hoje desalojada na cidade e em outros pontos do concelho de Albufeira, devido às cheias que assolaram sobretudo a região central do Algarve.

Ana Vidigal, vereadora com o pelouro da Proteção Civil, disse ao Sul Informação que «ainda não quantificámos o número de pessoas desalojadas pelas inundações», mas garantiu que os casos estão a ser acompanhados pelos «serviços sociais» da autarquia, de modo a que todos possam ser «realojados temporariamente».

A vereadora também declarou a «situação de alerta de âmbito municipal», que «vigora para todo o território do Município de Albufeira até ser reconhecido que as medidas adequadas e proporcionais à necessidade de enfrentar graus crescentes de perigo, atual ou potencial já não se verificam».

Além de dois homens que foram resgatados pela GNR e Bombeiros do interior de um bar numa rua de Albufeira, onde tinham ficado encurralados pela subida das águas, Abel Gomes, 2º Comandante do CDOS, disse ao nosso jornal que autoridades e bombeiros tiveram de ajudar mais de três dezenas de pessoas que estavam presas pela água dentro de edifícios e de automóveis.

Na chamada rua dos bares, em Albufeira, a água chegou à altura do primeiro andar, enquanto na avenida da Liberdade e noutras artérias importantes da cidade a força da corrente arrastou mesas, cadeiras e maquinaria de esplanadas, bem como o recheio de lojas, cafés e restaurantes, levando tudo para o mar.

Na Praia dos Pescadores, a torrente abriu profundas valas no areal e, à tona da água castanha, meio rio, meio mar, havia mesas e cadeiras a boiar.

Ainda em Albufeira, o Centro de Saúde ficou praticamente inacessível, uma vez que a ribeira que passa num vale ao longo da estrada de acesso à cidade transbordou e inundou os acessos àquela estrutura de saúde. Esta ribeira foi, em parte, canalizada por obras feitas em 2009, que incluíram também a construção de uma espécie de parque urbano, agora arrasado pela enxurrada.

 

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