Algarve Pirates procuram jogadores para reforçar a sua equipa de futebol americano

Os Algarve Pirates, a primeira equipa de futebol americano a ser criada nesta região, está à procura de jogadores para […]

Algarve Pirates equipaOs Algarve Pirates, a primeira equipa de futebol americano a ser criada nesta região, está à procura de jogadores para reforçar o seu plantel e voltar, na próxima época desportiva, a participar na Liga nacional deste desporto.

A equipa, criada em 2012, está agora a fazer uma «paragem para reestruturação», como explicou ao Sul Informação o presidente do clube, Leandro Antunes.

Esta paragem foi necessária depois de o anterior treinador, o norte-americano Don Dixon, regressar ao seu país, obrigando a repensar o trabalho a fazer no futuro e a própria estrutura do clube.

«Começámos por reestruturar toda a direção do clube e agora temos ideias novas para a equipa, que já estamos a começar a pôr em prática», acrescenta Leandro Antunes.

Para poder reestruturar a equipa, e uma vez que um plantel de futebol americano precisa de um mínimo de 35 jogadores, sendo o ideal 45, dos quais 22 estão sempre em jogo (11 na defesa, 11 no ataque), os Algarve Pirates têm estado, desde Setembro, a promover uma campanha de captação de novos jogadores.

Quem quiser experimentar este desporto que os portugueses apenas conhecem dos filmes americanos, poderá comparecer às terças e quintas-feiras à noite, às 21h00, ou ainda às sexta-feiras, às 21h30, no campo de jogos do Complexo Desportivo da Mexilhoeira Grande, em Portimão, onde os Pirates treinam. Ou contactá-los através da sua página de facebook.

Para já, entre as perto de três dezenas de jogadores do clube, há um americano, o Jacob Stevens, que, curiosamente, no seu país natal, nunca jogou futebol americano em equipa, «apenas na rua com os amigos», um luso-holandês, um cabo-verdiano, um angolano e os restantes são portugueses, de Portimão, Lagos, Lagoa, Monchique e Silves.

algarve pirates_1«Quando foi fundada, a equipa tinha um jogador com experiência na Europa, na Holanda, mas todos os outros eram estreantes, até o Jacob, que nos Estados Unidos nunca tinha jogado numa equipa».

Leandro Antunes salienta as vantagens de um desporto que, em Portugal, «ainda é pouco conhecido e está em estado embrionário», o que o leva a ter pouca cobertura dos meios de comunicação social, mas que acredita, «vai passar a ser uma moda, porque as pessoas gostam de ver o contacto do jogo».

Para os mais indecisos, o presidente dos Pirates acrescenta que o clube disponibiliza os equipamentos, desde as proteções de corpo e pernas, aos jerseys e capacetes. «Tudo o que é do futebol americano nós temos para disponibilizar».

Nesta paragem de uma época, para reestruturação, os Algarve Pirates estão também a apostar forte na formação. Assim, ainda há poucas semanas estiveram no seu campo da Mexilhoeira Grande os treinadores dos London Olympians, a equipa europeia de maior destaque, para um training camp que contou com a presença de elementos dos Pirates, dos Sharks (a outra equipa algarvia) e dos Long Horns.

Os Algarve Pirates gostariam também de voltar a ter as suas escolinhas de iniciação ao futebol americano, para crianças, as chamadas flags (uma vez que o jogo, nessas idades, não implica contacto físico, mas apenas o roubo de bandeiras penduradas no equipamento). Mas os custos dessa formação inicial eram grandes e o clube teve de suspender essa vertente.

«Mas gostaríamos de voltar a ter essas escolinhas de flag. Para isso, temos estado em contacto com o IPDJ e com a Câmara de Portimão, porque precisamos de apoios. Nós trabalhávamos muito com meninos carenciados», recorda Leandro.

A falta de verba, porém, levou a suspender essa vertente, para já. «Nós pagamos para usar o campo da Mexilhoeira, pagávamos as chuteiras que os meninos usavam, tínhamos que ter um treinador para eles. Tudo isso custa dinheiro, que, por enquanto, não temos», admite André João, ou antes AJ (dito à americana, como “ei djei”), vice-presidente dos Pirates.

algarve pirates_2Este dirigente salienta as «condições fantásticas de treino», no campo de relva sintética da Mexilhoeira Grande. E lamenta a falta de apoios para uma modalidade que, até pela falta de tradição em Portugal e na Europa, poderia atrair as atenções, por via da novidade. «Uma época custa-nos à volta de 10 mil euros, números por baixo», explica AJ. Dinheiro gasto nas inscrições dos jogadores, seguros, deslocações, autocarro, eventual pernoita, alimentação, árbitros (nos jogos em casa).

Leandro Antunes promete muito trabalho nesta época em que os Pirates não irão participar na Liga Portuguesa de Futebol Americano, promovida pela Associação da modalidade, e que normalmente inclui 12 equipas, das quais duas algarvias – os Pirates, de Portimão, e os Sharks, de Faro.

«Estamos a reestruturar tudo na equipa, desde o plantel dos jogadores, aos equipamentos e aos apoios. Mas, em 2016 iremos apresentar-nos, com os novos equipamentos, para voltarmos a competir na época 2016/2017, que começará em Novembro do próximo ano», garante o presidente dos Pirates, que atualmente acumula essas funções com as de jogador e treinador.

Até lá, haverá muito trabalho a fazer, muitos jogadores a captar.

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