Quinteto de sopros da Orquestra Clássica do Sul dá música na Fortaleza de Sagres

O Quinteto de sopros da Orquestra Clássica do Sul vai dar um concerto no dia 31 de Outubro, às 17h00, […]

música nos monumentosO Quinteto de sopros da Orquestra Clássica do Sul vai dar um concerto no dia 31 de Outubro, às 17h00, na Fortaleza de Sagres, no âmbito da 6ª edição do ciclo de Música de Câmara “Música nos Monumentos”.

“Música nos Monumentos” é uma parceria entre a Direção Regional de Cultura do Algarve e a Orquestra Clássica do Sul (OCS), que propõe uma vivência emocional e musical, de “Bons Momentos” em monumentos emblemáticos do património histórico e arquitetónico do Algarve.

Este concerto irá incluir obras de Charles Lefebvre , Jacques Ibert e P. Hindemith, interpretadas pelo Quinteto de sopros da Orquestra Clássica do Sul.

Este agrupamento de câmara é constituído por Luis Miguel García (Flauta), David Fresquet (Oboé), Pedro Nuno (Clarinete), Joaquim Moita (Fagote) e Todd Sheldrick (Trompa).

Fundada em 2002, a Orquestra do Algarve torna-se Orquestra Clássica do Sul em Setembro de 2013, com o objetivo de levar a sua missão às regiões do Algarve, do Alentejo e da Península de Setúbal, em Portugal, e da Andaluzia, em Espanha, oferecendo uma programação diversificada e de elevada qualidade artística.

Composta por músicos de doze nacionalidades diferentes, realiza concertos de música de câmara, ópera, concertos promenade (destinados às famílias), concertos ligados a outras expressões artísticas (como jazz, fado, dança, literatura), workshops e masterclasses.

Alia a estas vertentes a aposta numa forte ação pedagógica e educativa junto de camadas escolares, alcançando novos públicos. Atualmente, a OCS conta com Rui Pinheiro como Maestro Titular, John Avery como Maestro Associado e Cesário Costa como Principal Maestro Convidado.

Charles Lefebvre, filho do pintor do mesmo nome, foi um compositor francês nascido em Paris em junho de 1843. Primeiro trabalhou com Charles Gounod, no Conservatório na classe de Ambroise Thomas.

Em 1870 recebeu o prémio em Roma pela sua cantata “O Julgamento de Deus”. Após a sua estadia em Villa Medici fez várias viagens à Grécia, Oriente, etc.

Charles Lefebvre compôs numerosas obras de música de câmara: sonatas, trios, quartetos, de sinfonias, aberturas, suites, melodias, Salmo para concertos de formação e de orquestra.

Em 1895, Charles Lefebvre tornou-se professor da classe de música de câmara no Conservatório de Paris, dirigida antes por Benjamin Godard. Tornou-se membro do Conselho de Ensino e Diretor de Música da Legião de Honra.

Embora leve e arejada, a Suite de Charles Lefebvre é uma verdadeira prova de esforço para os instrumentistas de sopro. Nem uma nota é desperdiçada, e não existem partes sem sentido ou harmonias incompreendidas. Ouvir um trabalho tão notavelmente alegre é como uma lufada de ar fresco.

Jacques Ibert fez os seus estudos no Conservatório de Paris, nos anos de 1910 a 1914 com Emile Pessard, André Gédalge e Paul Vidal. Depois da 1ª Grande Guerra, em 1919, recebeu o 1º Grande Prémio de Roma, pela obra Le Poète et la fée.

Foi diretor da Villa Médicis entre 1936 e 1940 e entre 1946 a 1960; e em 1955 ocupa o cargo de diretor da Agregação dos Teatros Líricos Nacionais.

Em 1956, ocupa o cargo deixado vago por Guy Ropartz na Academia das Belas-Artes. Ibert representa uma parte da tradição da arte francesa, espelhando elegância e humor na sua música, sem nunca esquecer o lado sério da sua composição.

Dentro do campo da música, apresentou o seu talento das mais diversas formas. Entre elas, contabilizam-se mais de 60 peças para cinema, músicas para teatro (algumas escritas em colaboração com Honegger), ballets, óperas, entre outros.

Paul Hindemith, considerado o compositor alemão mais importante da sua geração, acreditava numa forte ligação entre a música e as necessidades sociais, e considerava o compositor como um artesão; alguém que poderia proporcionar algo a essas necessidades.

A sua música de câmara é conhecida por ser pouco convencional e eclética; o compositor experimentou, muitas vezes, uma variedade de estilos e combinações de instrumentos.

A Kleine Kammermusik Op.24 N.2 é uma das mais amadas obras do compositor, mostrando o seu lado bem-humorado com o uso de alegre dissonância.

“Música nos Monumentos” encerra o ciclo de 2015 no dia 5 de dezembro, na Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, com o Quarteto de Cordas, que irá interpretar obras de W. A. Mozart e A. Glazunov.

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