Profissionais de Saúde discutiram «Conceitos e mitos – a importância do apoio aos doentes em fim de vida»

Profissionais de saúde, cuidadores e familiares, utentes e autarcas, participaram esta sexta-feira, dia 9 de outubro, no auditório da Biblioteca […]

cuidados paliativosProfissionais de saúde, cuidadores e familiares, utentes e autarcas, participaram esta sexta-feira, dia 9 de outubro, no auditório da Biblioteca Municipal de Tavira, no Encontro «Conceitos e mitos – a importância do apoio aos doentes em fim de vida».

O encontro foi organizado pela Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos (ECSCP) do Agrupamento de Centro de Saúde Sotavento, em colaboração com o projeto de Literacia em Saúde/Dias Comemorativos da Unidade de Cuidados na Comunidade Talabriga, para assinalar o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, que este ano se celebra este sábado, 10 de outubro.

Na sessão oficial de abertura, que contou com a presença do diretor executivo do ACES Sotavento, Pedro Alves, da coordenadora da Equipa Regional de Cuidados Continuados Integrados do Algarve, Leonor Bota, e do presidente da Câmara Municipal de Tavira, Jorge Botelho, o presidente do Conselho Diretivo da ARS Algarve, Moura Reis, enalteceu o empenho e a dedicação de todos os profissionais que integram as equipas e unidades de cuidados paliativos da região, na pessoa de Fátima Teixeira, coordenadora da ECSCP do ACES Sotavento, e que têm contribuído para que «o Algarve seja uma das Regiões do país com maior taxa de cobertura em cuidados paliativos».

Destacando que «os cuidados paliativos assumem um papel fundamental no atual paradigma da prestação de cuidados de saúde», o presidente da ARS Algarve referiu que «a publicação em Diário da República esta semana da portaria para regular a RNCP demonstra que «estão a ser dados passos cada vez mais concretos e orientados para colocar em prática uma verdadeira Rede de Cuidados Paliativos a nível nacional».

A terminar a sua intervenção, Moura Reis, garantindo que a ARS Algarve vai manter a sua estratégia de desenvolvimento sustentado dos cuidados paliativos na Região, avançou que estão neste momento «a trabalhar para conseguir as condições necessárias para criar uma equipa de cuidados paliativos no ACES Central, por forma a que, juntamente com as equipas do ACES Sotavento e do ACES Barlavento, as respostas neste âmbito sejam ainda mais equitativas territorialmente».

No mesmo âmbito, a Coordenadora da ERCCI do Algarve, Leonor Bota, traçou uma breve perspetiva da evolução das equipas de apoio em cuidados continuados integrados e cuidados paliativos da Região nos últimos anos sublinhando os «excelentes resultados alcançados».

Por seu lado, o diretor executivo do ACES Sotavento, elogiando o profissionalismo de todos aqueles que integram as equipas de apoio domiciliário, aproveitou o momento para deixar uma garantia a todos os utentes de que o ACES Sotavento e todos os seus colaboradores vão continuar a trabalhar em prol da melhoria da prestação de cuidados e bem estar de todos.

O presidente da Câmara Jorge Botelho reconheceu o trabalho meritório realizado na Região nos últimos anos na área dos cuidados continuados e nos cuidados paliativos, elogiando a estratégia seguida pela ARS Algarve com a aposta sustentada na criação de equipas de apoio domiciliário e unidades de cuidados continuados e cuidados paliativos, mostrando-se disponível para reforçar a articulação entre a autarquia e os serviços de saúde.

De seguida, a coordenadora da ECSCP do ACES Sotavento fez uma apresentação sobre a importância dos cuidados paliativos e alguns mitos que ainda existem nesta área tão delicada, onde partilhou um conjunto de reflexões sobre questões relacionadas com a complexidade dos sintomas de um doente em fase terminal de vida e os principais problemas decorrentes de situações especificas em cuidados paliativos, nomeadamente, a dor de difícil controle e a alta complexidade em cuidados paliativos, o tratamento da dor em cuidados paliativos pediátricos e ainda a importância do humor e da espiritualidade em cuidados paliativos.

cuidados paliativos2«O direito a morrer com dignidade», «a experiência da implementação de uma equipa», «o papel dos cuidadores informais no apoio domiciliário», foram alguns dos temas abordados pelos palestrantes das Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos do Sotavento e do ACES Barlavento durante o encontro que contou ainda com a participação de testemunhos de cuidadores e familiares dos utentes apoiados pelos profissionais destas equipas. No final os participantes tiveram oportunidade de realizar uma sessão de Yoga do Riso para os cuidadores intitulada «Promovendo a saúde de quem cuida».

 

ARS Algarve aposta no reforço das equipas de cuidados paliativos na Região

No Algarve tem existido uma aposta no desenvolvimento dos cuidados paliativos, o que contribuiu para que neste momento seja uma das Regiões do país com uma taxa de cobertura acima da média nacional.

A Região conta com duas Equipas Comunitárias de Suporte em Cuidados Paliativos: uma no ACES Sotavento e outra no ACES Barlavento.

A Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos do ACES Sotavento, que tem sido mencionada, por diversas vezes, com um exemplo a nível nacional, iniciou a sua atividade pioneira já em dezembro de 2007 e abrange os concelhos de Tavira, Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim.

Já este ano, arrancou a Equipa Comunitária de Suporte em Cuidados Paliativos do ACES do Barlavento, que assegura o apoio domiciliário a todos os utentes que necessitem de cuidados paliativos nos concelhos de Lagoa e de Portimão, prevendo-se que, numa segunda fase, este apoio seja alargado ao concelho de Lagos.

A nível hospitalar, existem duas equipas Intra-hospitalar de cuidados paliativos, uma em cada uma das unidades hospitalares do Centro Hospitalar do Algarve, uma Unidade de internamento em Cuidados Paliativos com 10 camas no Barlavento e 15 Camas no Hospital de Faro.

Comentários

pub