Nunca, como em Julho, se consumiu tanta água no Algarve (com infografia)

O mês de Julho deste ano registou um «recorde histórico» em termos de produção e venda de água, revelou ao […]

O mês de Julho deste ano registou um «recorde histórico» em termos de produção e venda de água, revelou ao Sul Informação o novo presidente executivo da empresa Águas do Algarve SA, responsável pelo fornecimento de água em alta à região.

«Tivemos o mês de Julho com maior produção e venda de água de que há história nos 15 anos de vida das Águas do Algarve», adiantou Carlos Manuel Martins, acrescentando: «o mês de Julho superou o máximo histórico da empresa».

Com efeito, se em Julho de 2014 as Águas do Algarve forneceram 8.202.586 metros cúbicos de água, no mesmo período deste Verão esse valor disparou para 9.322.01, ou seja, mais 1,1 milhões de metros cúbicos, o que corresponde a um aumento recorde de cerca de 12 por cento.

Já em Junho, segundo os dados fornecidos pela AdA ao Sul Informação (ver Infografia), se tinha verificado um aumento de cerca de 8,1 por cento no fornecimento de água no Algarve.
Infografia águaMas em Agosto, mês tradicional da maior enchente de turistas na região, o consumo de água, longe de manter esta tendência de crescimento dos dois meses anteriores, sofreu uma quebra em relação ao mesmo período do ano de 2014.

Para o presidente da AdA, a explicação para este aumento em Junho e sobretudo Julho e para a queda em Agosto tem, em primeiro lugar, a ver com as temperaturas registadas no Algarve nesses meses: Junho e Julho foram dos mais quentes dos últimos anos, com temperaturas a superar, frequentemente, os 40ºC, enquanto em Agosto o tempo esteve bem mais fresco.

Por outro lado, salientou Carlos Martins, «podemos estar a assistir à circunstância de Julho começar a ser um mês mais interessante para o Turismo relativamente às médias do passado».

Este acréscimo no fornecimento de água não teve reflexos na outra vertente do negócio da empresa Águas do Algarve, o do tratamento de esgotos. «No saneamento, esses efeitos não são tão notórios, porque uma boa parte da água consumida tem a ver com a rega de jardins, piscinas, atividades ao ar livre, onde não é tão objetivo que os caudais afluam às ETAR», explicou aquele responsável.

Por outro lado, admitiu, «a cobertura de rede também não é tão abrangente no saneamento como é na água».

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