Malambanyama precisa de uma escola e a Universidade do Algarve vai ajudar

São mais de 9000 quilómetros a separar Faro e Malambanyama, na Zâmbia, mas Patrícia Gomes, uma ex-aluna da Universidade do Algarve, é […]

Child Aid2São mais de 9000 quilómetros a separar Faro e Malambanyama, na Zâmbia, mas Patrícia Gomes, uma ex-aluna da Universidade do Algarve, é o elo de ligação entre estes dois locais. Patrícia é voluntária nesta comunidade, que precisa de financiamento para que cerca de 200 crianças não fiquem sem acesso à educação.

Os antigos colegas da agora voluntária, e que a conheceram na secção de alunos africanos da UAlg, onde era responsável pela área social, decidiram dar uma ajuda a Patrícia e às crianças de Malambanyama, com a realização de dois almoços solidários nas cantinas dos campi da Penha (dia 19 de outubro) e Gambelas (dia 20 de outubro).

Quando Patrícia Gomes e os seus colegas chegaram a Malambanyama, «detetaram cerca de 200 crianças em risco de ficar sem acesso a educação por falta de condições de segurança e de saneamento».

Por isso, Patrícia e os seus colegas do projeto Child Aid decidiram começar a fazer peditórios (formais/informais), dentro e fora da Zâmbia, para comprar materiais para a construção de uma escola para abrigar estas crianças.

Em Portugal, Frans Silva, membro da secção de estudantes africanos da UAlg, decidiu ajudar. «A ideia partiu de mim. No ano passado, fiz um almoço solidário para ajudar as crianças da minha ilha em Cabo Verde e achei por bem fazer mais um para esta causa tão nobre», contou ao Sul Informação.

Child AidApesar de estar marcado para as cantinas da Universidade do Algarve, Frans Silva esclarece que «o almoço é aberto a toda a comunidade» e vai custar 2,55 euros (para estudantes), pagando os não estudantes mais 50 cêntimos, valor que reverte para a construção da escola em Malambanyama, sendo que «se alguém quiser contribuir com mais, é bem-vindo».

Se a vertente solidária não for suficiente para apelar à adesão de pessoas, a ementa do almoço promete dar uma ajuda: «o almoço vai ser confecionado pelos alunos africanos da UAlg, vai haver cachupa, prato típico de Cabo Verde, e muamba e funji de milho, prato típico de Angola».

Esta é a primeira iniciativa, mas Frans Silva quer que a onda de solidariedade com Malambanyama não termine por aqui. «O voluntariado da Patrícia vai acabar em novembro, ma,s juntamente com ela, vamos tentar fazer mais atividades para ajudar estas crianças».

Apesar de esta ser uma iniciativa dos alunos, «temos o apoio do próprio reitor, dos Serviços de Ação Social da UAlg, da Escola Superior de Educação e Comunicação, onde a Patrícia estudou, e a colaboração do Instituto Paulo Freire», concluiu Frans Silva.

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