Olhão: Câmara promete obras na EB João da Rosa durante protesto de pais e alunos (com fotos)

«Há momentos em que é preciso de lutar, nós somos olhanenses», defendia o presidente da Câmara de Olhão António Pina, […]

Manifestação EB João da Rosa Olhão_14«Há momentos em que é preciso de lutar, nós somos olhanenses», defendia o presidente da Câmara de Olhão António Pina, ao mesmo tempo que anunciava aos pais de alunos da Escola EB 2,3 João da Rosa que já tinha dado início ao procedimento que permitirá requalificar o polidesportivo exterior do estabelecimento de ensino já a partir de Outubro.

Foi a degradação deste campo de jogos que levou encarregados de educação e alunos a manifestar-se, esta sexta-feira de manhã.

A luta até já tinha começado no dia anterior, com um cordão humano de alunos no interior da escola, e intensificou-se hoje com uma ação que envolveu, também, os pais, que colocaram um cadeado no portão principal desta EB e uma faixa a toda a sua largura que dizia: «Fechada por falta de obras».

Cerca das 8h20, ainda antes do soar do toque que chama os alunos para a primeira aula do dia, começou a concentração. Pouco depois, a polícia chegou e acabou por cortar a corrente, apesar de não ir a tempo de abrir os portões antes do soar da campainha, para gáudio dos alunos presentes.

António Pina chegou ao local pouco depois e depressa foi abordado por pais de alunos descontentes. «É inadmissível uma escola com um campo assim. Há falta de segurança, o campo está numa situação lastimável. Se um miúdo cai e parte alguma coisa, quem é que nos paga a nós », ilustrou Catarina Santos, uma das manifestantes.

Manifestação EB João da Rosa Olhão_4«Nós sempre dissemos à associação de pais que iríamos lutar e pressionar e, no momento certo, se o Ministério não fizer nada, a Câmara assume», respondeu António Pina. «Desde segunda-feira que já mandei avançar com a contratação da empresa para fazer as obras rapidamente», disse

Apesar de estar disposto a avançar com os cerca de 45 mil euros necessários (a Câmara recebe 20 mil euros por ano para manutenção de cada EB 2,3), o edil olhanense garante que haverá «consequências». «A autarquia vai rasgar o protocolo com o Ministério da Educação e devolver as escolas. Porque não queremos trabalhar com quem não cumpre a sua palavra», assegurou António Pina.

«A responsabilidade da câmara é fazer a pequena manutenção, e isso temos feito. A responsabilidade do Ministério é fazer as obras de reabilitação. É entendimento da Câmara, não só minha, mas de todos os partidos e do Conselho de Educação, que junta representantes de todas as escolas, que esta responsabilidade é da tutela», acrescentou.

A garantia, dada em público por António Pina, foi suficiente para que a associação de pais do agrupamento de escolas João da Rosa considerasse o seu objetivo atingido e desse o protesto por terminado.

Manifestação EB João da Rosa Olhão_13A promessa agradou à associação de pais, que se tem desdobrado em contactos para tentar resolver este situação, de há meses a esta parte, tanto junto da Câmara, como do Ministério da Educação. «Se é assumido pelo presidente da Câmara que as obras avançam já em Outubro, ficamos contentíssimos. Estamos desde Março a batalhar por isto e estamos cansados», afirmou o presidente da associação Nuno Mimoso.

Antes do início do protesto, Nuno Mimoso recebeu uma comunicação do Ministério da Educação, que reforçava que a responsabilidade da obra era da Câmara, já que nos últimos anos, e segundo do diretor da EB João da Rosa, só teriam sido feitas duas pequenas intervenções. Logo, teria entrado dinheiro que não foi utilizado na escola, o mesmo que a autarquia devia usar para recuperar o polidesportivo.

António Pina garante que isso nã0 é verdade e que, desde que foi eleito, em 2013, «o dinheiro foi sempre enviado à escola» e que «há faturas a comprovar que foi todo gasto». Antes disso, altura em que Francisco Leal era presidente, «o dinheiro era investido diretamente pela Câmara» em vez de transferido para a escola.

Nuno Mimoso não quer entrar na discussão sobre quem é o responsável e salienta que o que importa é ver a situação resolvida e os direitos de pais e estudantes respeitados, «o que passa por ter um polidesportivo condigno e condições de segurança e bem-estar para os miúdos».

 

Veja todas as fotos do protesto:

(Fotos de Hugo Rodrigues/Sul Informação)

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