Porto de Portimão já tem novo cais ro-ro para facilitar acesso de turistas de cruzeiros

O porto de cruzeiros de Portimão já tem um novo cais ro-ro, dotado de deck e com uma rampa de […]

porto de portimão_terminal de cruzeiros_2O porto de cruzeiros de Portimão já tem um novo cais ro-ro, dotado de deck e com uma rampa de acesso preparada para passageiros com mobilidade reduzida ou mesmo em cadeiras de rodas. Tudo a pensar nos passageiros dos navios que escalam esta estrutura portuária, muitos deles idosos.

O equipamento requalificado, que entrou em funcionamento há um mês, garante «melhores condições para os navios que hoje entram no porto de Portimão e também para o acesso dos tenders», as embarcações que transportam os passageiros dos navios que ficam ao largo, revelou José Pedro Soares, membro da Administração dos Portos de Sines e do Algarve (APS).

«A acostagem a esse cais ro-ro, antes, tinha condições muitos más, eram escadas. Os passageiros em cadeira de rodas tinham que ser carregados ao colo, o que era uma falta de dignidade e de segurança», acrescentou.

O administrador da APS salientou que este melhoramento «potencia que mais pessoas saiam dos navios que ficam ao largo e venham a terra».

«Já houve duas escalas de cruzeiros desde que o novo cais entrou em funcionamento e as críticas dos operadores e dos passageiros têm sido muito favoráveis», acrescentou.

Este é apenas um dos investimentos que estão em curso ou acabam de ser feitos no porto de Portimão, desde que a APS assumiu também a gestão dos portos algarvios, há pouco mais de 12 meses.

No total, segundo revelou João Franco, presidente do Conselho de Administração da APS, nos dois portos de Portimão e de Faro esta empresa de capitais públicos já investiu, em cerca de um ano, 3,7 milhões de euros.

porto de portimão_terminal de cruzeiros_1Falando aos jornalistas durante uma visita aos portos algarvios, João Franco revelou que, em Portimão, foram feitos investimentos em melhorias na gare marítima, não só para acolhimento dos passageiros, como nas condições de trabalho dos funcionários da APS, nos sistemas informáticos, no controlo de acessos e vigilância, e ainda no controlo de navios (atualmente, todas as comunicações entre navios na área de jurisdição da APS ficam gravadas durante 30 dias).

Foi também adquirido um sistema de rx para passageiros e bagagens, que será instalado numa zona mais reservada do terminal, que é uma fronteira marítima e, por isso precisa de maior segurança.

Outro investimento salientado por João Franco é «no combate à poluição». «As questões ambientais fazem parte do ADN da APS», garantiu.

Para isso, a Administração dos Portos investiu 120 mil euros em duas viaturas multifunções, uma para Portimão, outra para Faro, que permitem, segundo o administrador José Pedro Soares, «o combate à poluição e a incêndios ou ainda o resgate de pessoas».

Cada viatura está equipada «com guincho e todos os sistemas de comunicações, pode levar um depósito com 200 litros de água ou espuma, além de transportar também as barreiras de contenção e os toalhetes absorventes». Se houver algum acidente de poluição, por exemplo, ambos os portos estarão preparados para uma primeira intervenção.

Quanto à gare marítima de Portimão, que o Sul Informação teve oportunidade de visitar, além da pintura total interior e exterior, foram remodeladas as casas de banho dos passageiros, criando também instalações sanitárias para pessoas com mobilidade reduzida, alargado o espaço internacional.

Tendo em conta que grande parte dos passageiros de cruzeiros são idosos, o porto de Portimão foi ainda dotado de um desfibrilhador cardíaco, ao mesmo tempo que os seus funcionários foram treinados para a sua utilização, permitindo assim uma primeira intervenção.

porto de portimão_terminal de cruzeiros_14Ainda na área da jurisdição da APS, estão quase terminadas as obras de requalificação no Cais Bartolomeu Dias, uma doca flutuante de recreio, com capacidade para 70 embarcações, situada mais a montante no Rio Arade, na zona ribeirinha de Portimão, frente à Casa Inglesa.

João Franco, presidente do Conselho de Administração da APS, acrescentou que «a empresa que ganhou o concurso diz que terá a obra concluída no final desta semana«, mas na verdade poderá haver um pequeno atraso.

É que, segundo o administrador José Pedro Soares, a doca flutuante nunca tinha sido sujeita a qualquer tipo de manutenção ao longo dos anos e estava muito mais «degradada» do que se julgava. «Fizemos uma recuperação total do cais», garantiu.

 

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Fotos: Elisabete Rodrigues/Sul Informação

 

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