Isilda Gomes, presidente da Câmara de Portimão, desafia João Vasconcelos, cabeça-de-lista do Bloco de Esquerda e vereador naquela autarquia, a «dizer como se há-de resolver o problema dos recursos humanos nas escolas sem recorrer aos Contratos Emprego-Inserção».
O candidato a deputado bloquista acusou, na quinta-feira, a Câmara de Portimão de bater «o recorde da precariedade» e de embarcar nas «manobras governamentais para tentar diminuir o desemprego de forma artificial».
Vasconcelos referia-se à admissão de 72 pessoas no regime de Contrato Emprego-Inserção (CEI) «para trabalhar nos estabelecimentos de ensino no próximo ano letivo». Ao todo, serão «50 auxiliares de ação educativa, 18 cozinheiros, três animadores socioculturais e um técnico superior de Psicologia».
Isilda Gomes salientou, em declarações ao Sul Informação, que, «já que o Governo não autoriza a contratação de recursos humanos, das duas, uma: ou recorremos aos CEI ou fechamos as escolas e os meninos vão para casa».
«Reconheço que é uma situação de imoralidade, uma vez que são pessoas que sistematicamente estão a ser contratadas para as escolas, não têm qualquer vínculo, nem regalias sociais. É uma situação que é até prejudicial para as próprias escolas, com toda esta mudança dos recursos humanos», admitiu a autarca socialista.
«O senhor vereador, agora candidato, já me ouviu dizer várias vezes publicamente que não concordo com isto, mas é a única solução, tal como as coisas estão», sublinhou Isilda Gomes.
A presidente da autarquia acrescentou que, «ao longo do ano, já passaram pela Câmara dezenas e dezenas de CEI e o senhor vereador nunca fez nenhum comunicado, nem tomou posições públicas».
«A demagogia e a luta política têm limites», conclui a autarca socialista.
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