Farcume mostra 200 curtas-metragens de quase 50 países em Faro

Quatro dias de Festival, cinco categorias, 25 horas de cinema e cerca de 200 curtas metragens, de realizadores de quase […]

Farcume 2014Quatro dias de Festival, cinco categorias, 25 horas de cinema e cerca de 200 curtas metragens, de realizadores de quase 50 países. Estes são os ingredientes da 5ª edição do Farcume – Festival Internacional de Curtas-Metragens de Faro, que começa na quarta-feira, dia 26 de Agosto e durará até sábado, na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve.

Em 2015, há novidades ao nível do programa, nomeadamente no que ao alinhamento das curtas metragens diz respeito. Também há a confirmação da categoria Cinema do Mundo, que já havia sido experimentada na edição de 2014, mas que agora assume estatuto oficial.

«Todas as noites haverá filmes das cinco categorias [Ficção, Documentário, Videoclip, Animação e Filmes do Mundo]. No momento da seleção definimos quais as melhores curtas e aquelas que não são tão boas. Daí, também temos uma mistura de curtas mais fortes com outras menos fortes, para apresentar um programa mais equilibrado. Também quisemos equilibrar as curtas em português com as estrangeiras», explicou Bruno Lage, diretor do Farcume e presidente da associação que organiza o festival, a Faro 1540.

No final, como é tradição, há prémios para os melhores filmes de cada categoria, atribuídos por um júri selecionado para o efeito, mas também um prémio para o filme favorito do público, que poderá votar nas suas curtas favoritas. O programa completo do festival pode ser consultado na página de facebook do Farcume, onde também está disponível outra informação útil.

Os prémios são «simbólicos» e passam pela atribuição de uma medalha e de um certificado do prémio. «Por vezes, também atribuímos um voucher para estadia num hotel, aqui no Algarve. Mas o valor do prémio não é muito relevante. O que interessa aos realizadores é ter a possibilidade de ver o seu trabalho exibido, ser selecionado para o festival», revelou o diretor do festival, numa entrevista à Rádio Universitária do Algarve RUA FM.

FarcumeNo primeiro dia haverá uma pequena festa de abertura, o Urban Sunset, que será um convívio entre os realizadores que marcam cá presença, atores, convidados e todos os elementos do público que tenham a pulseira para os quatro dias, no pátio da EHTA. A partir daí e até ao evento final, onde serão divulgados os vencedores dos diferentes prémios, há muitas horas de cinema para ver.

Para Bruno Lage, o programa deste 5º Farcume denota o crescimento e consolidação deste festival. «Tentamos sempre crescer, de forma sustentada e muito consolidada. Inicialmente, a nossa ideia era fazer um festival de curtas vocacionado para a produção nacional, mas tornou-se logo impraticável à segunda edição, porque fomos muito pressionados para abrir a porta à comunidade lusófona», disse.

Daí até começar a receber filmes de todo o mundo «foi apenas um passo» e o festival farense distingue-se, hoje, pela variedade que apresenta, no que toca à proveniência dos filmes que exibe.

«A partir da terceira edição, temos vindo sempre a crescer, neste campo, até chegarmos ao ponto de, este ano, ser mais fácil dizer quais os países que não concorreram, do que aqueles que concorreram (risos)», contou o presidente da Faro 1540.

Este crescente interesse de realizadores estrangeiros em participar no Farcume levou à criação de uma categoria extra, a do Cinema do Mundo, que já tinha sido lançada no ano passado, de forma experimental. «Esta categoria tem ficção, tem documentário, mas numa vertente muito virada para a cultura de cada país ou região. E é também esse o objetivo: que as pessoas conheçam a cultura de países longínquos», ilustrou Bruno Lage. Nesta categoria estão incluídos filmes vindos do «Dubai, Iraque, Irão, Nova Zelândia e Austrália», entre outros.

Farcume 2013_2Esta ascensão meteórica do Farcume, no que toca ao interesse de realizadores de todo o mundo em participar, ainda é motivo de reflexão para os organizadores. «Podemos dizer que o festival caiu nas boas graças dos realizadores. Talvez pelo próprio conceito, já que a EHTA tem um ambiente fantástico, à noite e ao ar livre. Os candidatos que vêm cá ficam deslumbrados com todo o ambiente e transmitem-no a outros colegas», considerou.

O forte peso de filmes internacionais não retirou espaço aos realizadores portugueses. «Este ano, para grande satisfação minha, a produção nacional aumentou. No ano passado tínhamos tido algumas curtas portuguesas, mas não tantas como este ano. Em 2015 temos 46 curtas portuguesas, de grande qualidade, algumas delas já premiadas noutros festivais. Fiquei satisfeito, porque notei uma evolução na produção nacional», segundo Bruno Lage.

A grande aposta dos portugueses foi na área da ficção, seguido do documentário e do videoclip. «Animações portuguesas há poucas», acrescentou o diretor do Farcume.

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