Pego do Inferno aguarda financiamento e obras não avançam este ano

O Pego do Inferno, um dos ex-libris do concelho de Tavira, foi fustigado pelas chamas nos incêndios de 2012 e, […]

Foto em Abril de 2013 - Martyna Mazurek
Pego do Inferno em abril de 2013 – Martyna Mazurek

O Pego do Inferno, um dos ex-libris do concelho de Tavira, foi fustigado pelas chamas nos incêndios de 2012 e, desde então, tem estado encerrado ao público. O espaço foi-se degradando com o passar dos anos. Os tavirenses – e não só – têm mostrado desagrado com a falta de intervenção pública e há uma petição a circular na internet que já reuniu mais de 1300 assinaturas desde meados de junho. O presidente da Câmara de Tavira diz que só a médio prazo haverá novidades.

Segundo Jorge Botelho, em declarações ao Sul Informação, a requalificação do Pego do Inferno não vai avançar tão em «breve como queríamos. É uma intervenção que custa à volta de 1 milhão de euros e a Câmara não tem esse dinheiro disponível. Vamos tentar encontrar no novo quadro comunitário, o Cresc 2020, uma forma de financiar parcialmente a obra para reabilitar e renaturalizar o espaço».

Jorge Botelho diz que a reabertura do Pego «não é para este ano, de certeza. Vamos ver se, no fim do ano, em outubro, fazemos a candidatura, quando estas abrirem para conservação e recuperação de património ambiental. É nisso que estamos a trabalhar para que o espaço, que é um museu vivo, reabra o mais rapidamente possível ao público».

No entanto, não é só a falta de financiamento que pode vir a atrasar a intervenção no Pego do Inferno. O autarca tavirense assume mais condicionantes. «Para além de não termos o projeto fechado, há questões de titularidade de terrenos para fazer os acessos. Temos dois privados ali e não vamos fazer infraestura pública em cima de terrenos privados. Estamos a trabalhar e temos conversado com os privados», adiantou.

«Seguramente, a médio prazo, haverá novidades para corresponder a uma preocupação que as pessoas têm, e nós também, que é a de recuperar património ambiental», concluiu.

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