Campanha arqueológica no Castelo de Silves foi suspensa

A campanha arqueológica no Castelo de Silves, que deveria ter começado na segunda-feira, dia 20, foi suspensa, por motivos de […]

Castelo de Silves_arqueologiaA campanha arqueológica no Castelo de Silves, que deveria ter começado na segunda-feira, dia 20, foi suspensa, por motivos de saúde da arqueóloga Rosa Varela Gomes, responsável pela intervenção.

Em declarações ao Sul Informação, Rosa Varela Gomes disse esperar que os trabalhos possam começar em breve, embora seja agora necessário reprogramar toda a intervenção, uma vez que havia pessoas, nomeadamente dez alunos de arqueologia da Universidade Nova de Lisboa, que tinham reservado tempo das suas férias para participar na campanha.

Os trabalhos, da responsabilidade da Universidade Nova de Lisboa (UNL) em colaboração com o Município de Silves, são dirigidos pelos arqueólogos Rosa e Mário Varela Gomes, do Instituto de Arqueologia e Paleociências da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH) da UNL.

O objetivo da campanha é ficar a saber mais sobre a antiga alcaidaria do Infante D. Henrique, cujos vestígios foram descobertos há anos, pelos mesmos arqueólogos, no setor poente do Castelo.

A intervenção irá incidir neste setor, para permitir conhecer a dimensão do espaço, assim como os artefactos ali utilizados no quotidiano, pelos seus ocupantes, ao longo dos séculos XIV-XVI.

Os vestígios arqueológicos daquilo que Rosa Varela Gomes considera ter sido a casa do Infante quando ele foi nomeado Alcaide-Mor do Castelo de Silves, foram postos a descoberto em 2006, durante trabalhos no interior do monumento, no âmbito da intervenção do Programa Polis.

Na zona sudoeste encostada às muralhas do castelo, foram então descobertos quatro compartimentos, as escadas de acesso a um primeiro andar entretanto desaparecido, uma porta ogival, bem como todo o espólio «contemporâneo do Infante D. Henrique».

Os vestígios acabaram por ser colocados em reserva arqueológica, tendo o projeto da intervenção do Polis sido adaptado «em função do que foi encontrado».

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