Viviane: «Sinto-me uma das vozes da região e do país»

Viviane vai celebrar 10 anos de carreira a solo com dois concertos no Auditório Municipal de Olhão, às 21h30, esta […]

viviane dia novo_2Viviane vai celebrar 10 anos de carreira a solo com dois concertos no Auditório Municipal de Olhão, às 21h30, esta sexta e sábado, dias 5 e 6 de Junho. A cantora, que é «uma das vozes do Algarve», e que se deu a conhecer nos Entre Aspas, apresenta um espetáculo que vai ser uma viagem desde 2005, quando lançou o primeiro álbum a solo, até 2015, ano de lançamento do mais recente trabalho “Dia Novo”.

Em entrevista ao programa «Impressões», da RUA FM/Sul Informação, Viviane fez uma retrospetiva destes dez anos, com um balanço muito positivo para a artista: «tem estado a ser uma experiência fantástica. Vou trilhando o meu caminho por esta sonoridade que escolhi, e que é um caminho diferente dos Entre Aspas. Tinha vontade de pôr em prática estas sonoridades da chanson francesa, do fado e do tango. Tinha vontade de juntar estes estilos e construir alguma coisa, porque são universos que me interessam, mexem comigo e permitem que explore a minha voz de outra forma. Isso é o mais interessantes destes dez anos: pôr-me à prova a tentar fazer coisas diferentes num Universo diferente cortando amarras com o passado».

Há um público que não percebeu que eu tinha mudado e que me identificava como a “menina das trancinhas” e da “Pequena Flor”

Mas cortar amarras com o passado não foi fácil. Viviane era a voz dos Entre Aspas e houve público que demorou a adaptar-se à “nova” Viviane. «Há uma parte do público dos Entre Aspas que foi crescendo e começou a perceber o que eu fiz de novo e me acompanhou. Há um público que não percebeu que eu tinha mudado e que me identificava como a “menina das trancinhas” e da “Pequena Flor” e há também um novo público que aparece, que não conheceu muito bem os Entre Aspas, e passou a gostar das coisas que eu faço. É um processo que dura uns anos», explica a artista.

Apesar de não ter nascido no Algarve (nasceu em Nice, França), foi esta a região que a acolheu e Viviane admite que possa ser considerada como uma referência. «Sinto-me uma das vozes da região e do país, sem dúvida».

DSC_0582Atualmente, Viviane está «com um pé aqui e outro em Lisboa», uma vez que, segundo a artista, «quando tens uma banda ou um projeto, embora gostemos de ficar na nossa região de conforto, tudo acaba por acontecer em Lisboa. É sempre necessário passar algum tempo lá, fazer contactos para ter maior visibilidade, e forçosamente vai ter que se passar muito tempo em Lisboa».

Para os concertos de comemoração dos 10 anos de carreira, a escolha de Olhão foi «óbvia». «Tem um auditório excelente, moro lá há muitos anos e tenho uma ligação afetiva com aquela cidade».

Nos dois espetáculos no Auditório Municipal de Olhão, Viviane vai apresentar surpresas. O poeta Fernando Cabrita, com quem Viviane trabalha há vários anos, «vai dar voz a um dos poemas que ele escreveu» e haverá também uma novidade para a cantora, que vai partilhar o palco com o Coro do Conservatório de Olhão.

«Vai ser uma experiência nova. Nunca cantei ao vivo com um coro, mas já ensaiei com eles, e estão muito bem ensaiados. As vozes mexem muito comigo e gosto de sentir aquele conjunto de 50 vozes. Vai ser arrepiante!», adianta a cantora.

Viviane não revela qual o tema escolhido para cantar com o coro, mas deixa pistas: «tem uma importância grande para a minha carreira e é uma canção que toda a gente conhece e motivou a rapaziada do coro a cantar. Era o tema indicado para isso», garante.

Em relação ao restante concerto, Viviane revela que serão tocadas cerca de 18 temas, dos quatro álbuns lançados em nome próprio, incluindo «os singles e os temas mais conhecidos».

Estes dois concertos são um início para a programação dos dez anos de carreira a solo da artista. «Vou lançar também um best of, com um tema original em novembro, e haverá mais concertos, nessa altura, pelo resto do país e mais um no Algarve», revela.

Arrepia que as minhas canções gravadas num álbum tenham ido parar ao México a transmitir paz e segurança a pessoas que se refugiaram numa loja porque estava a acontecer um tiroteio na rua

viviane dia novoViviane já passou por países como a África do Sul e a Irlanda e tem um álbum editado fisicamente na Holanda, Bélgica e Luxemburgo, por uma editora de Música do Mundo, que tem recebido «excelentes críticas». Mas a cantora ambiciona mais. «Oxalá que dê frutos e que consiga ir mostrar em concerto a minha música nesses países, é o sonho de qualquer músico ir tocar além fronteiras. É bom tocar em Portugal, mas se temos um Mundo inteiro, por que não cantar no Mundo inteiro?».

Na longa carreira, Viviane já fez muitos concertos, mas a cantora guarda alguns na memória. «Uma vez, uma pessoa veio dizer-me: “não imagina como me sinto ao ter vindo ao seu concerto, nem a conhecia bem. Estive à beira de fazer coisas menos boas e salvou-me esta noite”. Ouvir uma coisa destas arrepia. Como também arrepia que as minhas canções gravadas num álbum tenham ido parar ao México, a transmitir paz e segurança a pessoas que se refugiaram numa loja porque estava a acontecer um tiroteio na rua», confidenciou.

Os bilhetes para os dois concertos de Viviane, a 5 e 6 de Junho, estão à venda no Auditório Municipal de Olhão, ou podem ser reservados através do telefone 289 700 160.

Os dois espetáculos serão gravados e deles resultará um concerto único, destinado a ser depois transmitido por um canal televisivo.

 

 

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