Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz já é Monumento de Interesse Público

A Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz, no Largo do Pé da Cruz, em Faro, foi classificada como […]

Ermida_de_Nossa_Senhora_do_Pé_da_CruzA Ermida de Nossa Senhora do Pé da Cruz, no Largo do Pé da Cruz, em Faro, foi classificada como Monumento de Interesse Público numa portaria publicada esta sexta-feira, em Diário da República.

Este monumento, segundo a portaria do secretário de Estado da Cultura, terá sido erguido «por volta de 1644, data inscrita no primitivo sino do campanário, provavelmente sobre uma antiga capela ou sinagoga situada no limite do núcleo urbano de Faro, arrabalde de cuja expansão veio a constituir um elemento estruturante».

Quase quatro séculos depois, a ermida está integrada no casco urbano da cidade de Faro, sendo um dos elementos patrimoniais que se destacam na zona histórica da cidade. Mas, segundo a secretaria de Estado da Cultura, a sua relevância já era reconhecida no século 17.

«A sua importância terá justificado a inclusão no interior da cerca seiscentista que envolveu a cidade a partir de 1659, (…) nas imediações de um baluarte ao qual deu o nome», lê-se, na portaria.

«Trata -se de um pequeno templo de estrutura chã, com capela -mor coberta por domo e fachada maneirista alterada por elementos rococó resultantes de uma campanha de obras da primeira metade do século XVIII e dos restauros que se seguiram ao Terramoto de 1755», descreve a SE da Cultura.

«À ermida somam-se a casa do ermitão, a sacristia e um corpo anexo, e ainda um monumental Passo da Cruz, de planta quadrada e abóbada de aresta, adossado à fachada tardoz. A sobriedade do exterior contrasta com a exuberância do interior, cujo recheio artístico data praticamente todo da primeira campanha setecentista. Destacam-se do conjunto o retábulo e os azulejos de padrão seiscentistas e silhares figurativos setecentistas da capela-mor, a talha dourada do arco triunfal e o conjunto de doze telas da nave, com cenas veterotestamentárias, para além do acervo de imaginária barroca», acrescenta.

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