A Comissão de Utentes da Via do Infante (CUVI) aprovou uma moção a exigir suspensão imediata das portagens, no seguimento de uma ação que realizou no passado sábado, que incluiu uma marcha-lenta de viaturas, com a colocação de coroas de flores e memoriais em alguns locais da EN 125 onde ocorreram vítimas mortais, e um almoço-debate.
Os ativistas anti-portagens consideram que a cobrança de taxas na A22 tem sido um fator determinante para o aumento na sinistralidade na EN125 «uma verdadeira rua urbana e que voltou a transformar-se na “estrada da morte”».
«Na região assiste-se a uma média de 23 acidentes diários, 30 mortes e 150 feridos graves por ano – já ultrapassa a centena de vítimas mortais em três anos e meio de portagens», ilustrou a CUVI.
Nas iniciativas do passado sábado, além de membros da comissão, participaram elementos do Moto Clube de Faro e habitantes da Andaluzia, que também têm vindo a protestar contra as portagens. Foram eles que aprovaram «por unanimidade e aclamação» a moção, que será enviada ao 1º Ministro, Ministro da Economia, Presidente da República, Secretário-Geral do Partido Socialista, Presidente da AMAL e aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República.
No documento, exige-se ao Governo «a suspensão imediata das portagens na Via do Infante e a requalificação total da EN 125». Ao mesmo tempo, solicita-se «aos responsáveis políticos nacionais e regionais do PSD, CDS e PS uma tomada de posição, sem ambiguidades, em relação às portagens» e apela-se à AMAL e outras entidades regionais «que reforcem uma ampla plataforma da sociedade civil do Algarve pela suspensão imediata das portagens».
A CUVI anunciou, ainda, que vai realizar, durante o Verão «um conjunto de ações e iniciativas fortes, algumas de surpresa, visando a anulação das portagens». A 4 de Julho, haverá uma nova ação na EN125 e no dia 19 de Julho, a comissão de utentes associar-se-á ao desfile da Concentração internacional e Motos do Moto Clube de Faro.
Veja aqui o texto integral da moção aprovada no passado sábado.
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