O céu de Maio, mês da chuva de meteoros das Eta Aquáridas

O início deste mês será marcado pela chuva de meteoros das Eta Aquáridas, a qual tem o seu pico de […]

Céu a sudeste pelas 5 horas da madrugada de dia 6, incluindo o radiante da chuva de meteoros Eta Aquáridas
Céu a sudeste pelas 5 horas da madrugada de dia 6, incluindo o radiante da chuva de meteoros Eta Aquáridas

O início deste mês será marcado pela chuva de meteoros das Eta Aquáridas, a qual tem o seu pico de atividade na noite de dia 5 para 6.

O nome desta chuva de estrelas deve-se a que o seu radiante (ponto do céu de onde elas parecem surgir) está situado perto da estrela Eta da constelação do Aquário (eta Aqr).

No entanto, a verdadeira origem destes meteoros está bem mais perto de nós, não sendo mais do que poeiras e pequenas partículas deixadas pelo cometa Halley ao longo do seu percurso, as quais são intercetadas pelo nosso planeta.

Esta chuva de estrelas pode produzir até quatro dezenas de meteoros por hora, mas este ano iremos ver muitos menos, dado que o seu pico de atividade ocorre muito perto da Lua Cheia de dia 4.

Como neste mesmo dia 4, a passagem da Lua pelo plano da órbita terrestre ocorre poucas horas depois da Lua cheia, tal evento dará lugar a um eclipse lunar total.

Infelizmente este eclipse dar-se-á pela 1 hora da tarde (hora continental), sendo apenas visível no Extremo Oriente, Pacífico e, parcialmente, nas Américas.

Nestes primeiros dias do mês, podemos também observar como a Lua se desloca da vizinhança da estrela Espiga (na constelação da Virgem) no dia 2, até à proximidade de Saturno no dia 5.

Dia 7, Mercúrio atinge a sua maior elongação (afastamento angular) para Este relativamente ao Sol, apresentando-se assim como estrela da tarde.

Céu a oeste pelas 19 horas e 30 minutos de dia 19. Igualmente é visível a posição da Lua nos dias 21 e 23
Céu a oeste pelas 19 horas e 30 minutos de dia 19. Igualmente é visível a posição da Lua nos dias 21 e 23

Quatro dias depois tem lugar o quarto minguante. A seu turno, a Lua Nova irá ocorrer na madrugada de dia 18.

Na noite seguinte, a Lua passará perto de Marte, cuja observação por estes dias será muito difícil, dado que está demasiado próximo da direção do Sol.

Ao anoitecer de dia 19, a Lua já terá passado por Mercúrio. Este planeta será cada vez mais difícil de ver, à medida que se for aproximando do Sol, chegando-se a cruzar com Marte no dia 26, e atingindo a sua conjugação inferior (altura em que estará na direção do Sol) no dia 30.

Na madrugada de dia 23, Saturno encontrar-se-á na direção contrária ao Sol. Diz-se então que se encontra em oposição.

Além de tal significar que iremos encontrar a sua face totalmente iluminada, esta também é uma altura em que a Terra está mais próxima deste planeta, sendo assim uma excelente ocasião para observá-lo e aos seus anéis.

Na madrugada de dia 24, a Lua estará a 5 graus a Sul de Júpiter. Já aquando do quarto crescente de dia 25, ela já terá passado por Régulo, uma estrela da constelação do Leão.

Na noite de dia 29, a Lua irá regressar mais uma vez para junto da estrela Espiga. Igualmente neste dia, Vénus, que se apresenta este mês como estrela da tarde, estará junto a Pólux, uma estrela da constelação dos Gémeos.

Boas observações!

 

Autor: Fernando J.G. Pinheiro (CITEUC)
Ciência na Imprensa Regional – Ciência Viva

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