Acordo entre Faro e Nampula abre portas em Moçambique a empresários algarvios

Faro vai passar a dar apoio ao município moçambicano de Nampula, em diversas áreas, ao abrigo de um Acordo de […]

Imagem 249Faro vai passar a dar apoio ao município moçambicano de Nampula, em diversas áreas, ao abrigo de um Acordo de Cooperação e Amizade assinado esta terça-feira, na capital algarvia.

O entendimento entre as duas autarquias prevê que seja encetada a colaboração a diversos níveis, nomeadamente nas áreas administrativas, social, educativa e económica, o que abre portas a empresas da região interessadas em apostar em Moçambique.

«Há aqui uma possibilidade de internacionalização. Queremos perceber qual a necessidade de investimento e de apoio que Nampula necessita, para , depois, os nossos empresários também terem aqui uma ponte para poderem desenvolver negócios em Moçambique», considerou o presidente da Câmara de Faro Rogério Bacalhau, em declarações ao Sul Informação.

De resto, ambas as partes não perderam tempo na dinamização deste dimensão do acordo. Logo após a assinatura do acordo, houve  uma reunião de trabalho, que juntou responsáveis das autarquias de Faro e Nampula a empresários locais, que se inteiraram de possibilidades de investimento naquela região de Moçambique.

«Hoje foi mais um dia de trabalho, do que um dia protocolar. Vamos ver no que é que podemos ajudar e que relação podemos desenvolver. Eles necessitam de investimento e, mais do que isso, know how para concretizar determinados projetos. Espero que hoje possa sair daqui algo concreto», resumiu o edil farense.

Para o município moçambicano, como realçou na cerimónia de assinatura do acordo o presidente do Conselho Municipal de Nampula Mahamudo Amurane, a ligação criada com Faro irá ajudar à concretização de projetos, nomeadamente de obras públicas. «Há projetos que gostaríamos de realizar, mas para o quais precisamos de ajuda, nomeadamente mais conhecimento técnico».

Imagem 305Em Nampula, este é um desígnio fundamental, já que a melhoria das condições de vida da população pode ser um instrumento «para aprofundar a paz» e contribuir «para aprofundar a cidadania».

Este acordo, acrescentou Rogério Bacalhau, pode ser uma semente para uma eventual geminação. «Eu não tenho nada contra as geminações, mas acho que elas devem ser feitas com uma base de trabalho bem sustentada. É por isso que assinamos este acordo, hoje. Vamos trabalhar no sentido de criar relações mais próximas entre ambos os municípios», disse.

Mesmo este acordo já tem na sua base um historial de colaboração. «No mandato anterior eles já cá tinham estado em formação connosco. Uma equipa de Nampula esteve cá e acompanhou os nossos serviços municipais durante uma semana, nas suas diversas vertentes», revelou.

Na cerimónia de terça-feira, além da comitiva moçambicana, marcaram presença os cônsules de Angola e do Brasil em faro, bem como o cônsul honorário da Bélgica na região.

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