Marilu Santana já foi dormir a casa após 15 dias e 15 noites acorrentada em protesto

Marilu Santana, a trabalhadora que estava acorrentada às escadas interiores do Clube Praia da Rocha, já foi esta noite dormir […]

Marilu_protesto domingo_1Marilu Santana, a trabalhadora que estava acorrentada às escadas interiores do Clube Praia da Rocha, já foi esta noite dormir a casa. Ontem, ainda antes da meia noite, a senhora saiu finalmente do local onde se manteve em protesto durante 15 dias e 15 noites, sendo acolhida pelos seus colegas e por outras pessoas.

Isto aconteceu depois de ontem, em acordo que contou com a mediação da presidente da Câmara de Portimão, os trabalhadores terem chegado a entendimento com a administração para o pagamento de uma parte dos salários em atraso agora e o resto até ao Verão.

Tiago Jacinto, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Algarve disse ao Sul Informação que, «os trabalhadores conseguiram um compromisso escrito do patrão, Paulo Martins, para pagamento dos salários em atraso». As condições exatas do acordo vão ser apresentadas hoje, ao meio dia, em conferência de imprensa frente ao complexo turístico.

O Sul Informação sabe que, face ao impasse no protesto, com Marilu Santana acorrentada dia e noite desde 20 de Março, a presidente da Câmara Isilda Gomes, desde quinta-feira passada que estava a mediar o conflito. Houve várias reuniões, entre o Sindicato e a administração, e, ontem ao fim da tarde, foi finalmente possível chegar ao acordo escrito.

Fonte ligada ao gabinete de Isilda Gomes sublinhou que o protesto já estava, ele próprio, a tornar-se «um impedimento para a solução do problema», uma vez que, devido à visibilidade da situação «já havia operadores turísticos a desmarcar férias no Clube Praia da Rocha». Isso, segundo a mesma fonte, poderia inviabilizar o pagamento dos salários em atraso pelo facto de não ser possível à administração angariar as receitas necessárias.

Ao longo das duas semanas de protesto, enquanto Marilu Santana se mantinha no interior do complexo, acorrentada às escadas, cá fora colegas seus e outros ativistas iam-lhe fazendo companhia, dormindo também ao relento. Houve várias manifestações de apoio ao longo destes quinze dias, mas a situação parecia não ter solução sem que uma das partes cedesse. Ontem, finalmente, foi possível atingir o acordo.

 

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