Ex-ministro José Mariano Gago será sepultado em Pechão

O ex-ministro da Ciência José Mariano Gago, que faleceu esta sexta-feira em Lisboa, aos 66 anos, vítima de cancro, vai […]

mariano gagoO ex-ministro da Ciência José Mariano Gago, que faleceu esta sexta-feira em Lisboa, aos 66 anos, vítima de cancro, vai ser sepultado no cemitério de Pechão (Olhão), de onde a sua família é originária.

O seu corpo deverá seguir ainda esta sexta-feira para a Basílica da Estrela, em Lisboa, de onde sairá amanhã o féretro, em direção ao Algarve.

De seu nome completo José Mariano Rebelo Pires Gago, foi quatro vezes ministro, sempre em governos socialistas: foi ministro da Ciência e Tecnologia nos dois governos de António Guterres 2005 a 2002) e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior nos dois governos de José Sócrates (2005 a 2011).

Segundo a edição online do Expresso, foi a personalidade que mais tempo esteve nos governos pós-25 abril. Sempre ligado à pasta da Ciência, exerceu o cargo de ministro durante 4644 dias.

Físico de partículas, doutorado em Física, pela Universidade de Paris, Mariano Gago era atualmente o presidente do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP).

Entre 1986 e 1989, foi presidente da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica.

Em Dezembro de 2008, na inauguração do LHC (o Grande Colisionador de Hadrões, o maior acelerador de partículas existente) do CERN, laboratório onde chegou a trabalhar, Mariano Gago, então ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, referiu-se ao CERN como «um laboratório científico milagroso que é um atrator decisivo de talentos de todo o mundo».

Uma visão que o levou a defender –  e a conseguir – a entrada de Portugal no CERN, facilitando assim o acesso de cientistas portugueses a este que é um dos mais avançados laboratórios na área da Física em todo o mundo.

Enquanto ministro, foi responsável pela criação de muitos mecanismos e instituições responsáveis pelo apoio e promoção da Ciência e da Investigação em Portugal. Lançou, por exemplo, o programa dos Centros Ciência Viva.

Foi distinguido com a Comenda da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, a 10 de junho de 1992. Em 2007, recebeu a distinção da Grã-Cruz da Ordem de Isabel a Católica, em Espanha, e dois anos depois, a de Grã-Cruz com Estrela da Ordem do Mérito, na Alemanha.

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