Obras de requalificação no Mercado de Escravos em Lagos já arrancaram

As obras de requalificação do edifício Mercado de Escravos, em Lagos, arrancaram na segunda semana de março. Segundo a autarquia, […]

Mercado dos EscravosAs obras de requalificação do edifício Mercado de Escravos, em Lagos, arrancaram na segunda semana de março. Segundo a autarquia, a conclusão dos trabalhos está prevista para o final do mês de junho.

Posteriormente serão também renovados todos os conteúdos expositivos para a futura instalação do espaço museológico “Núcleo do Mercado de Escravos”.

Desde o final do ano passado que o Mercado de Escravos está de portas encerradas para a realização destas obras. Segundo nota enviada pela Câmara Municipal de Lagos, «a intervenção no edifício, para posterior integração de um programa de museologia extensivo aos dois pisos» tem um valor de adjudicação de cerca de 143 mil euros mais IVA.

A autarquia realça que «o Núcleo da Escravatura do Museu de Lagos é um dos projetos estruturantes do Município na vertente histórica, cultural e patrimonial, e tem enquadramento no projeto da UNESCO “Rota do Escravo”».

No futuro espaço museológico será dada conta «do importante achado arqueológico ocorrido na cidade há alguns anos, e que veio demonstrar com testemunhos materiais, o papel de Lagos como um dos primeiros e principais locais de desembarque e comércio de escravos vindos da costa ocidental africana, já assim referido na Crónica da Guiné, de Zurara».

A Câmara de Lagos recorda ainda que «a intervenção neste imóvel decorre do compromisso assumido no Protocolo de Colaboração assinado pela autarquia com o Exército Português – que previa a cedência recíproca de imóveis situados no centro histórico da cidade -, e que permitiu ao município passar a utilizar a totalidade do edifício (rés do chão e primeiro andar).

Segundo o mesmo comunicado, «no âmbito da parceria estabelecida com o Comité Português do projeto “Rota do Escravo” da UNESCO estão já a ser desenvolvidas as ações de museologia e museografia necessárias, que contam igualmente com o apoio técnico da Direção Regional de Cultura do Algarve».

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