União Europeia “tira da cozinha” fornos, exaustores e placas ineficientes

As novas regras em vigor na União Europeia desde dia 20 de Fevereiro excluem do mercado europeu os fornos domésticos, […]

fogãoAs novas regras em vigor na União Europeia desde dia 20 de Fevereiro excluem do mercado europeu os fornos domésticos, placas e exaustores de menor qualidade em termos de eficiência energética.

Esta medida possibilita a entrada de melhores produtos e permite, por exemplo, alcançar poupanças até 230 euros ao longo do tempo de vida de um novo forno elétrico.

Porém, «os consumidores deverão estar alerta, nas próximas semanas, para os saldos dos modelos descontinuados, que os poderão comprometer com um “monstro consumidor de energia” durante anos», salienta a Quercus.

Os requisitos agora em vigor incluem o aumento da eficiência energética, uma maior transparência na informação disponibilizada aos consumidores e, para os exaustores, desempenhos funcionais otimizados e redução do gasto energético nos modos de baixo consumo.

De acordo com os regulamentos de conceção ecológica, os modelos de fornos e placas (a gás ou elétricos) e de exaustores que não respeitarem os limites definidos para a eficiência energética só podem ser vendidos se, à data de 20 de Fevereiro de 2015, os distribuidores e retalhistas já os tinham em armazém.

Apesar de potência não ser sinónimo de desempenho, os consumidores acabam por comprar, com frequência, produtos aparentemente mais baratos mas com custos de utilização elevados.

A nova legislação impõe requisitos mais exigentes que impedem agora os produtos de baixa qualidade de entrar na cozinha.

Nas próximas semanas, os consumidores deverão estar atentos aos saldos de modo a evitar os levar para casa produtos altamente consumidores de energia. Daí que seja sempre aconselhável prestar muita atenção à etiqueta energética.

 

Quais os benefícios para os consumidores?

Ao comprar um forno, placa ou exaustor com classe energética mais elevada, os consumidores podem poupar em energia cerca de 50 euros por ano (10-15 euros nos fornos, 15-20 euros nas placas e 15 euros nos exaustores).

De acordo com a Comissão Europei,a estas alterações serão “invisíveis” para os consumidores e não irão prejudicar o desempenho ou o preço dos produtos ou afetar o emprego ou a competitividade das empresas. Contudo, são medidas necessárias, dado que o mercado não conseguiu, por si só, introduzir melhorias nos seus produtos. O que os consumidores poderão “ver” é a sua fatura energética diminuir.

Um inquérito efetuado a pedido da National Federation of Women’s Institutes e da Energy Climate Intelligence Unit, a mais de 2000 britânicos, por uma empresa de estudos de mercado e sondagens de opinião – a ComRes – concluiu que cerca de nove em cada dez (87%) inquiridos apoiam os regulamentos para melhorar a eficiência energética dos aparelhos domésticos como os fornos e frigoríficos.

A Quercus cita os resultados desse inquérito, indicando que estes revelam que«cerca de dois terços (64%) dos entrevistados acredita que se desperdiça muita eletricidade e gás com os eletrodomésticos», «a mesma percentagem (63%) pensa que os regulamentos para melhorar a eficiência energética dos eletrodomésticos permitirão reduzir as faturas energéticas», além de que «a maioria estaria disposta a pagar mais um pouco mais por um eletrodoméstico mais eficiente».

 

Quais os benefícios para a indústria, o ambiente e a segurança energética?

O setor industrial apelou a regulamentos mais restritivos para competir com as importações asiáticas e tem colaborado na sua definição desde 2010.

Estas medidas foram introduzidas pela Comissão Europeia com o parecer favorável de produtores e distribuidores, bem como pelas organizações de consumidores e ONG de ambiente.

A adoção destes regulamentos permitirá reduzir as emissões anuais, na Europa, em 1 milhão de toneladas de CO2, a partir de 2020, o que equivale a 1,2% das emissões de Portugal.

Por outro lado diminui a dependência energética da Europa em cerca de 5 milhões de barris de petróleo, correspondente ao consumo energético anual, para aquecimento, de 400.000 habitações.

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