Algarve e Marrocos querem ser destinos turísticos complementares

Usar aquilo que une o Algarve e Marrocos para diversificar a oferta turística nos dois territórios e potenciar a atratividade […]

Congresso Turismo Marrocos_Ualg_1Usar aquilo que une o Algarve e Marrocos para diversificar a oferta turística nos dois territórios e potenciar a atratividade de ambos os destinos.

Esta estratégia foi defendida pelos responsáveis de entidades de ambos os países, durante o congresso «Marrocos: um destino turístico próximo e complementar», que decorreu na sexta-feira, no Campus das Gambelas da Universidade do Algarve, em Faro.

Uma delegação composta por empresários e dirigentes do turismo de Marrocos, liderada pela embaixadora do Rei de Marrocos em Portugal Karima Benyaïch, esteve no Algarve durante alguns dias, périplo que teve o seu ponto alto neste congresso, onde estiveram presentes entidades oficiais e empresários portugueses.

A iniciativa serviu dar a conhecer aquele que é visto, em ambos os países, como um destino complementar ao Algarve. Mas foi, igualmente, um momento para estreitar ligações entre instituições, nomeadamente a Universidade do Algarve e o Instituto Superior Internacional de Turismo de Tânger, que assinaram um protocolo para reforçar a cooperação nas áreas da formação e da investigação.

Também foi a ocasião escolhida para condecorar José Alberto Alegria, cônsul honorário de Marrocos no Algarve,que recebeu uma distinção concedida pelo Rei de Marrocos, pelas décadas de bons serviços no estreitamento dos laços entre aquele país do Norte de África e Portugal.

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Tanto os representantes de Marrocos, como os de Portugal, deixaram claro que uma cooperação mais estreita com Marrocos, nomeadamente na área do turismo, será boa para ambas as partes. E não se perdeu tempo a passar das palavras à ação, já que na tarde do mesmo dia foi promovida uma reunião, onde o tema foi a reativação da ligação marítima entre Tânger e Faro, um encontro que trouxe alguns avanços.

Durante o congresso, este objetivo já havia sido apontado por quase todos os oradores convidados. Até porque tem havido uma forte aproximação entre Portugal e Marrocos, ao nível da mobilidade, da qual o Algarve tem ficado de fora.

Karima Benyaïch

«Antes, havia três voos semanais entre Lisboa e Casablanca. Em cinco anos passámos para 30 voos semanais», lembrou a embaixadora Karima Benyaïch, em entrevista ao Sul Informação. «Há que notar que a capital mais próxima de Lisboa é Rabat, e não Madrid, e que Marrocos é vizinho direto do Algarve. Temos de nos conhecer cada vez melhor e promover a cooperação entre os nossos povos», defendeu.

«Há quem possa dizer que há competitividade entre Portugal e Marrocos. Não há! O que há é complementaridade. Hoje em dia, a nossa concorrência está noutras regiões: na Ásia, na América, nas Caraíbas. Assim, se trabalharmos para ter um produto conjunto, todos vamos ganhar», considerou.

Uma visão que é partilhada pelos hoteleiros algarvios. O presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos turísticos do Algarve Elidérico Viegas, que encerrou o congresso de sexta-feira, deixou claro o interesse da associação que dirige num aprofundamento de relações, nestes moldes.

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