O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE) anunciou ontem, em Faro, a viabilização do investimento de cerca de 6,5 milhões de euros previstos para a execução das Dragagens da Ria Formosa, Requalificação do acesso à Praia de Faro e para a construção do Parque de Estacionamento exterior à praia.
Este anúncio do ministro Jorge Moreira da Silva motivou hoje um comunicado da Câmara Municipal de Faro, a congratular-se com o avanço das obras, no âmbito da intervenção Polis Litoral Ria Formosa.
A Sociedade Polis Litoral deu já início à implementação do “Plano de Ação para a Valorização da Hidrodinâmica da Ria Formosa e Mitigação do Risco nas Ilhas Barreira”, estando em fase de concurso (apreciação de propostas) a intervenção das dragagens do canal Faro-Olhão, cuja empreitada se deverá desenvolver entre Março e Agosto de 2015.
Ainda no que respeita ao concelho de Faro, até ao final deste mês serão igualmente lançados os concursos para as dragagens da Barrinha da Península do Ancão (Ilha de Faro) e Esteiro do Ramalhete, ações que deverão acontecer entre os meses de Maio e Setembro de 2015. Estas intervenções implicam um investimento total de 4,8 milhões de euros no concelho.
Segundo a nota da autarquia, o MAOTE deixou igualmente, ao presidente da Câmara, a garantia de que a Polis irá dar início aos concursos para as empreitadas do Parque de Estacionamento Exterior à Praia de Faro e da Requalificação do Aceso Viário à Praia.
Espera-se que estas duas importantes ações, no valor global de 1,7 milhões de euros, sejam executadas entre Maio e Dezembro do próximo ano, ficando para já de fora a empreitada do projeto da ponte.
A comunicação deste anúncio foi feita previamente ao presidente da Câmara, tendo sido tornada pública ontem durante o arranque dos trabalhos de renaturalização dos ilhotes dos Ramalhetes, na Ria Formosa.
Esta quarta-feira, perante o ministro Jorge Moreira da Silva, o secretário de Estado do Ambiente e os presidentes da Sociedade Polis Ria Formosa e da Câmara de Faro, as máquinas começaram a demolir um aglomerado de 23 construções que serviam, sobretudo, como apoios de pesca.
As demolições nas ilhas-barreira deverão estender-se até ao Verão. Ao longo do próximo ano, prevê-se a demolição de casas de segunda habitação nos extremos poente e nascente da Praia de Faro (116 construções) e nos núcleos dos Hangares e do Farol, na Ilha da Culatra.
A Câmara de Faro termina sublinhando que «não obstante a divergência de posições relativamente a outras opções do Programa Polis, que são assumidas, para este Município, é necessário reconhecer que o Ministério do Ambiente tem feito um esforço que se assinala, para ir ao encontro das preocupações por nós formuladas diversas vezes no decorrer deste processo».
Comentários