Hospitais do Algarve escapam à falência técnica com injeção de capital do Ministério da Saúde

Um aumento de capital feito pelo Ministério da Saúde permitiu ao Centro Hospitalar do Algarve (CHA) «liquidar a dívida na […]

hospital de PortimãoUm aumento de capital feito pelo Ministério da Saúde permitiu ao Centro Hospitalar do Algarve (CHA) «liquidar a dívida na totalidade» e «afastar o espetro da falência técnica», terminando o ano «sem qualquer dívida», anunciou a administração do CHA.

Assim, na sequência do despacho conjunto dos Ministros das Finanças e da Saúde do passado dia 19 de dezembro, o Centro Hospitalar do Algarve volta a beneficiar de um aumento de capital no valor 24,6 milhões de euros, que se vêm somar aos 69,4 milhões do primeiro aumento de capital empreendido pelo Ministério da Saúde no início deste ano. Segundo nota da administração do CHA, «à data», esse primeiro aumento de capital permitiu «liquidar a dívida antiga contraída em 2008/2009 ao Fundo de Apoio ao Sistema de Pagamentos do Serviço Nacional de Saúde (FASP)».

Com este novo aumento de capital por parte do Ministério da Saúde, o CHA – criado em 2011 e integrando as unidades hospitalares de Faro, Portimão e Lagos – pode agora «pagar dívidas vencidas e contraídas» até 30 de Setembro deste ano pelas Entidades Públicas Empresariais do Serviço Nacional de Saúde.

No caso do Centro Hospitalar do Algarve, o montante disponibilizado permite «liquidar dívida antiga a fornecedores, acumulada até 31 de Dezembro de 2011, dado que desde 1 de Janeiro de 2012 nem o Hospital de Faro, nem o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, nem o entretanto constituído Centro Hospitalar do Algarve (resultante da fusão dos hospitais algarvios) registam qualquer acumulação de dívidas em atraso», explica ainda a administração, presidida pelo médico Pedro Nunes.

hospital de Faro_entrada urgênciaAos aumentos de capital do CHA ocorridos em 2014 «acrescem ainda cerca de 5 milhões e 370 mil euros correspondentes a perdão de juros, num reforço que ascende a um valor total na ordem dos 99 milhões e 370 mil euros», montante que faz com que «o Centro Hospitalar saia da falência técnica crónica que tem marcado o desempenho financeiro das entidades hospitalares do Algarve, conseguindo assim iniciar 2015 com capitais próprios nulos ou mesmo positivos – resultado a apurar no fecho do ano, mas seguramente não negativo».

«A par dos esforços que têm vindo a ser empreendidos na redução de custos operacionais e no seguimento de uma gestão de recursos responsável e sustentada, estes aumentos de capitais por parte do Ministério da Saúde vêm consolidar o compromisso de reduzir de forma sustentada os prazos de pagamento a fornecedores, impulsionando simultaneamente uma maior capacidade de negociação com os mesmos, numa ótica de racionalização da despesa que permitam alcançar um equilíbrio financeiro estável, única forma de se conseguir assegurar a manutenção e desenvolvimento dos cuidados prestados à população residente e não residente que acorrem às unidades hospitalares algarvias», conclui a administração do CHA.

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