Atrium de Faro ganhou nova vida e muitos clientes

O antigo centro comercial Atrium, em Faro, está, por estes dias, cheio de vida. Comerciantes, artesãos e associações tomaram conta […]

Atrium_Centro Criativo baixa de Faro_HR_5O antigo centro comercial Atrium, em Faro, está, por estes dias, cheio de vida. Comerciantes, artesãos e associações tomaram conta deste espaço situado no coração da Baixa da capital algarvia, há muito encerrado, onde dão a conhecer os seus produtos e o trabalho que realizam.

Hoje, sábado e amanhã, domingo, o Mercado de Natal que está a decorrer há uma semana, será reforçado por dezenas de expositores, se irão juntar aos que estão ali estabelecidos, todos os dias, durante duas semanas. E a população aderiu, com casa cheia no primeiro fim-de-semana e muita gente a circular, mesmo aos dias de semana.

Com este projeto da Ambifaro, concebido em estreita articulação com a Associação Nacional de Designers, da Associação Cultural Palácio do Tenente, da Sardinha de Papel e da Associação de Desenvolvimento Comercial da Zona Histórica de Faro, o  Atrium é, agora, o Centro Criativo da Baixa de Faro.

Aqui, cabe um pouco de tudo, desde lojas temporárias pop-up,  a espaços interdisciplinares, dinamizados por  entidades locais e outras infraestruturas empresariais públicas ou privadas da região do Algarve. Ao mesmo tempo, são promovidos projetos nas áreas criativas, workshops, exposições, mercados temáticos e oficinas de trabalho, entre outros.

«Este é um primeiro passo para algo que pode ser muito importante para todos nós», salientou à RUA FM Davide Alpestana, da Associação Cultural Palácio do Tenente, um dos mentores deste projeto, salientando o facto de se reutilizar um espaço que, apesar da sua localização privilegiada e de estar como novo, está fechado há muito. «Este edifício tem um potencial enorme», considerou.

Davide Alpestana não esconde que há «a vontade» da parte dos comerciantes e associações em tornar este evento temporário em algo mais permanente, mas não garante que isso venha a acontecer. «Mas, a existir esse projeto, teria de ser sustentável», ilustrou.

«A ideia é que o espaço esteja disponível para experiências comerciais e criativas, e que possa ser um local onde criadores e marcas possam operar em condições benéficas, potenciando uma dinâmica que torne o funcionamento do edifício sustentável», explicou.

Atrium_Centro Criativo baixa de Faro_Facebook_2Esta filosofia remete para a do evento Bívar, que por diversas vezes animou a zona nobre da capital algarvia, com base na Rua Conselheiro Bívar, o que não é uma coincidência. O Atrium – Centro Criativo da Baixa de Faro tem como dinamizadores as três estruturas que lançaram esta iniciativa.

Os três parceiros que idealizaram o Bívar e, agora, estão na base da iniciativa Atrium encontraram-se na Rua Conselheiro Bívar, onde pegaram em espaços inutilizados, dando-lhes nova vida.

«Os edifícios que estão fechados são sempre um diamante por explorar. Cá em Faro, temos tido várias iniciativas que têm aproveitado o facto de edifícios estarem fechados e este é mais um. A reativação do Atrium acabou por ser uma sequência natural desta dinâmica, que tem sido imprimida pelas associações, pelos jovens e, também, por alguns menos jovens», disse Davide Alpestana.

A Ambifaro tem, em todo o processo, uma atuação determinante, já que foi através dela que foi possível realizar um contrato de comodato com o banco Millenium BCP, detentor dos direitos de propriedade do Atrium, na sequência da falência do projeto, em 2009.

Às associações envolvidas, coube preparar o espaço, há muito inutilizado. «Primeiro, procurámos perceber em que estado estava. E a surpresa foi boa, pois estava tudo operacional. Luz, água – até tem uma cascata a funcionar, no centro – escadas rolantes…o edifício está como novo», revelou.

 

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