Grupo de portugueses quer “caçar” tornados para mostrá-los em documentário inovador

No dia 16 de Novembro de 2012 um tornado causou um rasto de destruição nos concelhos de Lagoa e Silves. […]

Bruno Gonçalves_3No dia 16 de Novembro de 2012 um tornado causou um rasto de destruição nos concelhos de Lagoa e Silves. Um fenómeno raro, mas que, como esse dia provou, pode acontecer em terras nacionais.

Volvidos dois anos, há um grupo de cinco portugueses que quer aprofundar o seu conhecimento sobre tornados e que planeia ir aos Estados Unidos, ao chamado “corredor dos tornados” para fazer um documentário sobre este fenómeno meteorológico.

Em entrevista ao programa Impressões da RUA FM, em parceria com o Sul Informação, o algarvio Bruno Gonçalves, um dos mentores do projeto, explicou os objetivos da viagem aos Estados Unidos, que são «pedagógicos», sendo uma das ideias «desmistificar se agora há ou não mais tornados em Portugal».

Segundo Bruno Gonçalves, este «será um documentário pioneiro em Portugal e onde se tentará conhecer as especificidades meteorológicas daquela zona [“corredor dos tornados”, no estado de Oklahoma] e efetuar uma comparação com a realidade portuguesa, tentando perceber o que se poderá fazer em Portugal, de forma a melhorar as previsões e a prevenção da população para este tipo de situações».

O documentário «No Caminho dos Tornados», a dividir por 10 a 12 episódios, será gravado durante três semanas, em Maio de 2015. «Vamos, numa primeira fase, entrevistar meteorologistas profissionais das universidades locais e caçadores de tempestades conhecidos dos Estados Unidos. Vamos também contactar com as entidades policiais e a população para saber como estão preparados para esta realidade», explicou Bruno Gonçalves.

A ideia é «perceber aquela realidade para transportá-la para a realidade portuguesa e depois encontrar com entidades oficiais que procedimentos podem ser alterados ou melhorados».

Para além das entrevistas, o grupo de cinco portugueses pretende «filmar todas as tempestades que se formarem durante o período em que lá estivermos», para incluir também no documentário.

Os cinco “caçadores de tornados” portugueses são sócios fundadores da Troposfera, Associação Portuguesa de Meteorologia Amadora, criada em Abril passado.

Eles são o algarvio Bruno Gonçalves, de 36 anos, engenheiro de ambiente, Artur Rebelo Neves, de 38 anos, de Lisboa, formado em Tecnologias da Informação, Henrique Santos, 25 anos, da Charneca da Caparica, pós-produtor de vídeo num canal de televisão, Miguel Pereira, 32 anos, de Setúbal, que trabalha em Gestão e Valorização de Recicláveis, e ainda Saul Monteiro, 39 anos, de Lisboa, que trabalha numa empresa de catering para companhias de aviação.

Apesar de o plano da viagem estar feito, os fundos ainda estão em angariação numa campanha de crowdfunding disponível na internet até ao dia 27 de Novembro. O grupo precisa de 15 mil euros para a viagem, a dividir pelos bilhetes de avião, estadia, deslocações, alimentação e software.

Segundo Bruno Gonçalves, «com este valor [15 mil euros] dará para fazer um documentário em HD. Mas, se conseguirmos mais, já nos será possível fazer com ultra-definição, o que seria pioneiro em Portugal. Se correr mesmo muito bem, todo o dinheiro restante, que não utilizássemos, seria para doar a um fundo para apoiar possíveis vítimas de tornados e outras catástrofes».

O crowdfunding na internet foi lançado numa plataforma americana, e até disponível até 27 de Novembro. Durante este período, quem quiser ajudar o quinteto da Troposfera a cumprir o seu sonho, pode doar desde 1 euro e receber, em troca, algumas recompensas.

Para isso, basta ir ao site e ter uma conta PayPal ou um cartão de crédito. Em alternativa e se tiver apenas um cartão de débito (com o código de três números atrás no cartão), pode recorrer ao MBNet, de forma gratuita, para obter um cartão de crédito temporário.

Em último caso, pode realizar uma transferência para a conta da Troposfera, com o NIB 003507800002492663095, ou entrar em contacto com eles para arranjarem outra solução.

As recompensas por ajudá-los serão várias: «em troca, além do prazer em contribuírem para a realização do documentário, iremos oferecer algumas recompensas a todos os nossos apoiantes, desde fotografias em pleno “Corredor dos Tornados” autografadas pela equipa, T-Shirts do projeto, até à participação numa futura caçada de uma tempestade, a realizar com a equipa em Portugal».

Pode ler mais sobre Bruno Gonçalves e os projetos da Troposfera aqui.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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