Incêndio na caravela Boa Esperança não passou de «valente susto» (com fotos)

A pronta intervenção dos Bombeiros Voluntários de Lagos impediu que o incêndio que, na tarde deste sábado, por volta das […]

caravela_1A pronta intervenção dos Bombeiros Voluntários de Lagos impediu que o incêndio que, na tarde deste sábado, por volta das 17h30, foi detetado na caravela «Boa Esperança» causasse estragos na embarcação, que está atracada junto à Marina de Lagos.

Paulo Reis, comandante dos Bombeiros de Lagos, disse ao Sul Informação que o fumo negro que, a meio da tarde, começou a sair pela escotilha da réplica da caravela quinhentista foi causado por um frigorífico, que terá sofrido «um provável curto-circuito».

Os bombeiros «retiraram o frigorífico do interior da caravela e nem foi necessário utilizar material extintor», garantiu o comandante.  Quando a reportagem do nosso jornal chegou ao local, os operacionais já estavam a recolher o material, enquanto a bordo se encontravam ainda elementos da Polícia Marítima, que é a autoridade com jurisdição.

Quanto aos estragos no interior da caravela, Paulo Reis disse que «será preciso comprar um novo frigorífico e pintar a cozinha, que ficou negra do fumo».

No local, estava, visivelmente nervoso, o comandante da caravela «Boa Esperança», que ainda há pouco tempo chegou de uma viagem de três meses por portos mediterrânicos de Espanha.

«Percorremos mil milhas em três meses, visitando diversos portos espanhóis. O último foi perto de Almeria», disse ao nosso jornal, aliviado.

João Fernandes, vice-presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), entidade proprietária da caravela, fez questão de dizer que «os bombeiros estão de parabéns, porque tiveram uma reação muito rápida, fazendo com que tudo isto não passasse de um valente susto».

Em declarações ao Sul Informação, João Fernandes salientou que a RTA «está neste momento em negociações com a Câmara de Lagos e a Marina de Lagos, para levarmos por diante um projeto que garanta atividade regular e permanente da Boa Esperança, enquanto estiver aqui atracada».

O projeto passa por promover visitas a bordo, aluguer do espaço para eventos, com animação, e ainda pernoitas a bordo da caravela.

Quando, há mais de 500 anos, as caravelas portuguesas percorreram os mares em busca de novos mundos, muitas terão sido consumidas pelas chamas, mas de certeza que nenhuma devido a um curto-circuito no frigorífico de bordo…

 

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