Exposição “Kick in the Eye” para ser vista no Forte do Beliche

O Forte do Beliche, em Sagres, recebe a exposição coletiva intitulada “Kick in the Eye” até ao dia 30 de […]

cartaz forte belicheO Forte do Beliche, em Sagres, recebe a exposição coletiva intitulada “Kick in the Eye” até ao dia 30 de novembro.

Da autoria de cinco artistas, a mostra conta com trabalhos de pintura, fotografia, instalação e vídeo, onde são utilizadas as mais variadas técnicas e tem como objetivo explorar os diferentes espaços do Forte e dar a conhecer à comunidade local e artística, bem como, aos turistas e visitantes do concelho os diferentes trabalhos realizados no âmbito do projeto “Kick in the Eye”.

Boris Hoppek, da Alemanha, Délio Jasse, de Angola, Isabel Lima, de Portugal/Inglaterra, Rui Cambraia, de Portugal, e Shiko, do Brasil, são os artistas convidados participantes na primeira edição.

Esta iniciativa insere-se no âmbito do protocolo de parceria estabelecida entre a Câmara Municipal de Vila do Bispo e a LAC – Laboratório de Atividades Criativas, associação cultural que contempla a realização de vários eventos expositivos e espetáculos musicais no concelho de Vila do Bispo.

A mostra pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h00 às 17h00, e é o produto final das Residências Artísticas promovidas pelo LAC – Laboratório de Atividades Criativas, Associação Cultural, durante o ano de 2013.

“Kick in the Eye” é um projeto do LAC, que se propõe a convidar artistas nacionais e internacionais a participar em residências artísticas, cujo trabalho e percurso pessoal valorize a pesquisa em/com comunidades locais absorvendo e integrando-as na sua obra.

Os artistas:
Boris Hoppek (1970) é um artista alemão que vive em Barcelona. No início de 1990, liderou a introdução de elementos figurativos na cena do graffiti.
Tem continuamente de-contextualizado figuras iconográficas, levando-os a um nível de abstração que lhe permite abordar temas políticos explícitos, como a imigração, racismo, violência e sexualidade.
A sua obra encontra-se entre a inocência perversa de desenhos de crianças de alguns campos de refugiados e o niilismo de um adulto que sabe demais sobre tudo para ser capaz de acreditar em qualquer coisa em particular.

Délio Jasse (1980) nasceu em Luanda, Angola e mudou-se para Lisboa com 18 anos. Em Portugal, começou a trabalhar em estúdios de serigrafia onde aprendeu diferentes técnicas de impressão e onde teve o seu primeiro contacto com a fotografia.
Começou a experimentar técnicas antigas, como por exemplo, a técnica pinhole.
Desde 2008 tem exibido o seu trabalho em diversas exposições coletivas ou a solo: destaca, entre outras, as suas exposições a solo na Galeria Baginski em Lisboa, em 2010 e em 2012, na Galeria Unap, em Luanda, Angola.
Das exposições coletivas, destaca a exposição Africa, no Museu Nacional de História Natural – SIEXPO, em Luanda em 2008; o 9º Entro no Museu Nacional do Mali em 2011; em 2013 a exposição OPEN MONUMENT no Kunstraum Bethanien/ Kreuzberg, Berlim, Alemanha e a exposição Present Tense na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.

Isabel Lima (1977, Lagos, Portugal) é uma artista Portuguesa sediada no Reino Unido desde 2001. Concluiu o Mestrado em Belas Artes na Universidade de Newcastle, Reino Unido, em 2012.
Desenvolve projetos artísticos debruçados sobre esferas politicas e sociais que questionam o sentido de pertença, identidade, lugar e cultura.
O deslocamento da sua família, provocado pela descolonização de Angola, é a sua fonte de inspiração e investigação.
No seu trabalho, Lima colabora com outros artistas, profissionais de cinema, arqueólogos, arquitetos, grupos sociais e membros do público. Estes projetos tomam a forma de Filme/Vídeo; Performance; Instalação e/ou Publicações.

Rui Cambraia (1967) é docente na Escola Superior de Educação de Portalegre e atualmente também na Universidade de Évora, no curso de Mestrado em Design e no Doutoramento em Artes Visuais. É
Investigador do Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação (C3i) do Instituto Politécnico de Portalegre e colaborador do Centro de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Atualmente é doutorando em Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, desenvolvendo uma investigação em torno do tema da Ontologia da Fotografia.
Como artista plástico realizou exposições individuais, participou em diversos projetos de grupo e exposições coletivas em Lisboa, Madrid, Cannes, Santiago de Compostela, Avignon, Tóquio, Portalegre, Coimbra, Porto, Crato, Óbidos, Crato, Lagos, Beja, Serpa, S. Domingos de Rana, Cuba, Beja.
Além da investigação plástica traduzida nas exposições de trabalhos de pintura, instalação, fotografia, e respetivos catálogos, desenvolve desde 2002 páginas pessoais na Internet, para divulgação de portfolio e de realizações de projetos no âmbito das artes-plásticas, publicação de textos e fotografias de naturezas distintas.

Shiko (Brasil, 1976) é ilustrador, autor de banda desenhada, grafiteiro, argumentista e diretor de curtas-metragem.
Nasceu em Patos, no sertão paraíbano, onde começou a produzir as primeiras histórias em banda desenhada para o seu ”Marginal Zine”.
Anos depois, parte deste material foi publicado em edição especial pela editora Marca de Fantasia. Colaborou também com publicações independentes, como a Café Espacial e Graffiti 76%Quadrinhos.
Em 2008, foi indicado ao Prêmio HQMIX de Desenhista Revelação pelo álbum Blue Note. Em 2012, participou na coletânea MSP +50 com um quadrinho do personagem Astronauta. No mesmo ano, publicou pela Edit. Ática a sua adaptação para banda desenhada do romance ”O Quinze”, de Rachel de Queiroz.
O livro foi selecionado pelo PNBE para integrar o acervo de bibliotecas escolares e pelo FNLIJ para o catálogo da Feira Internacional do Livro de Bolonha, em 2013.
No mesmo ano as páginas da adaptação ganharam mostra exclusiva no Festival de Banda Desenhada de Lyon, onde já havia participado da exposição coletiva de sul americanos no ano anterior.
Como ilustrador, colabora regularmente com revistas, jornais e agências de publicidade. Expôs no Instituto Europeu de Design (IED), na Holanda, no Salão do Livro de Paris, além de Florença, Lyon e Recife.

 

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